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22 novembro 2013

blogdosagentes :Justiça condena líder do PCC em Marília

Weberth Roberto de Souza, o “Betinho” ou ainda “Mec”, e outros dois comparsas deverão cumprir cinco anos e dez meses de prisão em regime fechada cada

  • CONDENADO - Betinho foi sentenciado a quase seis anos de prisão em regime fechado - Arquivo
CONDENADO - Betinho foi sentenciado a quase seis anos de prisão em regime fechado - Arquivo


Apontado pela Polícia Civil como líder local do PCC (Primeiro Comando da Capital), considerado o maior grupo criminoso do Estado e uma das facções mais organizadas do Brasil, Weberth Roberto de Souza, mais conhecido como “Betinho” ou ainda “Mec”, foi condenado pela Justiça de Marília por integrar uma quadrilha especializada no tráfico de drogas. Dois comparsas dele no esquema também foram sentenciados e outros três foram absolvidos por falta de provas.

A decisão foi proferida no início dessa semana. Nela, o juiz Décio Divanir Mazeto, da 3ª Vara Criminal, aceita como prova as interceptações telefônicas feitas pelo GAECO (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), juntamente com duas apreensões de drogas realizadas em 2010.

O magistrado ainda considerou os péssimos antecedentes criminais e reincidência para condenar Betinho, Renato de Almeida, o “Catraca”, e Marcelo Ferreira Dourado, o “Madruga”, a cinco anos e dez meses de prisão em regime fechado, além do pagamento de multa, cada.

“As expressivas folhas de antecedentes os identificam como pessoas afeitas à vida criminosa. Por outro lado, diante da intensidade dos negócios ilícitos relacionados ao tráfico de entorpecentes, as penas deverão se afastar do mínimo legal”, diz Mazeto, em trecho da sentença.

Alegando insuficiência de provas, o juiz ainda absolveu de todas as acusações José Januério dos Santos Neto, o “Zanata”, Leandro Henrique Elias, o “Gordão”, e Neílson Cândido de Azevedo, o “Pinguinha”.

Tanto a defesa dos réus como o Ministério Público ainda podem recorrer da sentença junto ao TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo).

O CASO

As escutas telefônicas feitas pelo GAECO com autorização judicial identificaram todo o organograma dos integrantes da quadrilha ligada ao PCC.

De acordo com a denúncia do Ministério Público, Betinho exercia a liderança local da facção criminosa na cidade. Ele era o responsável pela distribuição de drogas em Marília e também em municípios da região, porém se mantinha distante das entregas para evitar sua prisão em flagrante.

Ainda segundo a acusação, Zanata teria a função de fornecer grandes quantidades de drogas para a quadrilha. Madruga e Pinguinha seriam responsáveis pelo armazenamento, preparo e distribuição do entorpecente para o “varejo”.

Já Catraca vendia a droga para a quadrilha e também exercia as cobranças de usuários e pequenos traficantes. Gordão, por sua vez, comandaria o tráfico de drogas para a facção em Garça (35 km de Marília).

HISTÓRICO

Betinho é considerado de alta periculosidade. Alvo de investigações da Polícia Civil há anos, ele só ganhou notoriedade em outubro do ano passado quando foi preso pela DISE acusado de tráfico de drogas e associação para o crime. Ele, no entanto, recebeu a liberdade provisória em fevereiro.

Pouco antes de deixar a cadeia, Betinho foi condenado a quatro anos e oito meses de prisão em regime fechado pelo crime de associação ao tráfico de drogas graças a investigações de quase dois anos realizada pela Polícia Civil de Marília em um período de quase dois anos.

No período, foi apurado que ele fora designado pelo PCC para recolher o dinheiro do tráfico e comercializar drogas a dois comparsas; André Luís da Silva, 23, e Gustavo Mateus Capellini, 26, que pegaram três anos cada. Buscas na casa dele resultaram na apreensão de várias anotações sobre o controle da mensalidade da organização criminosa e quantia em dinheiro

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