Em 2013 fomos marcados por inúmeras agressões no sistema prisional de São Paulo, e em 2014 não começamos diferente. Sendo a segunda profissão mais perigosa do mundo segundo a OIT (Organização Mundial Do Trabalho) e com certeza a mais bem mal remunerada, e ainda temos que conviver com o medo de sermos mortos, perseguidos e agredidos.
Tive uma informação ainda não confirmada que em uma Penitenciaria à 33KM de Sorocaba um companheiro foi covardemente agredido no dia 28/12, onde unidade iria ficar 15 dias trancada e 03 finais de semana sem visita, detalhe o raio é reincidente em agressão. No final talvez por "bom comportamento" tiveram sua visita antecipadamente liberada. Talvez aja uma ilegalidade em punição coletiva e nas medidas adotadas, mas ver um companheiro fechado por centenas de presos sendo agredido não é justo. Nem tudo que é legal é justo! A lei de execução penal precisa ser reformulada.
O Estado tem que buscar meios para que os riscos sejam minimizados, medidas mais duras contra agressores e seus mandantes, como infelizmente já sabemos a maioria dos presídios paulistas possuem facções criminosas que articulam agressões e atentados contra agentes do Estado. A automação já está chegando a algumas unidades, mas outras medidas ainda precisam ser tomadas.
Qualquer homem deve ter sua integridade física e moral preservada, e quando essa barreira é quebrada a sensação de impunidade nos assombra. "Lembro-me de um assaltante estar foragido no bairro em que resido, o panico e caos que trouxe a mais de 30 mil moradores." E penso no companheiro que entra todos os dias no pavilhão com mais de 200 criminosos soltos , com fé e coragem, apenas com um molho de chaves em suas mãos e uma caneta. E por isso que para ser Agente Penitenciário é preciso aptidão, muita fé e coragem de poucos. Somos uma profissão essencial para o estabelecimento da paz e a ordem na sociedade.
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