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22 março 2014

Chantagem não. Mete a polícia, prende esse pessoal e entrega os presos, diz governo

Comentário: Só vai ter um problema, se prender vai mandar pra onde?


Governador reagiu à greve de agentes penitenciários que tem impedido a transferência de presos em SP




O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin Divulgação


SÃO PAULO - Com uma greve de agentes penitenciários que já dura 11 dias, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), defendeu nesta sexta-feira o uso da força policial para garantir o funcionamento dos presídios. Em um discurso duro contra a categoria, ele autorizou a polícia a prender funcionários que tentarem impedir a entrada de presos nas unidades.

— Chantagem não. Mete a polícia, prende esse pessoal e entrega os presos — afirmou Alckmin, durante uma palestra para empresários do setor da habitação na capital paulista.

Os agentes penitenciários de São Paulo iniciaram a paralisação no último dia 10 e reivindicam aumento salarial de 20,64% e reestruturação do plano de carreira, entre outras. Apenas serviços essenciais estão mantidos, como enfermaria e cozinha. Transferências e recepção de presos e advogados não estão sendo realizadas.

A Tropa de Choque da Polícia Militar (PM) tem sido utilizada nos últimos dias para garantir as transferências e superar barricadas montadas em frente de algumas unidades prisionais. Na manhã desta sexta-feira, cerca de 50 agentes penitenciários formaram um cordão humano em frente ao Centro de Detenção Provisória (CDP) de Ribeirão Preto, no interior paulista, para impedir a entrada de 45 detentos vindos de outro município. Os grevistas foram retirados à força pela PM e em seguida atearam fogo em pneus na frente da unidade prisional.

No CDP de Pinheiros, na Zona Oeste da capital paulista, mesmo com spray de pimenta jogado pela Tropa de Choque e o avanço da PM em direção a um cordão de grevistas, veículos da Polícia Civil e da Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) ficaram parados no pátio do centro de detenção por três horas e meia nesta sexta-feira. Como agentes fizeram bloqueio de um portão e resistiram mesmo após negociação com um delegado, o comboio foi embora levando os presos para outro local.

Alckmin não sinalizou até o momento reajuste salarial para os agentes penitenciários.

— É o corporativismo batendo lá no teto. Nós temos que enfrentar isso. Eles sabem que é difícil. Nós estamos com 214 mil presos, então batem e dizem que aqui não vai entrar preso enquanto não aumentar nosso salário. Eu falei: o salário vai aumentar se o governo tiver dinheiro.




http://oglobo.globo.com/pais/alckmin-mete-policia-prende-esse-pessoal-entrega-os-presos-11947568

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