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25 março 2014

Sem acordo, agentes penitenciários marcam novo encontro com governo, G1


Reunião será feita na manhã de quarta (26), no Palácio dos Bandeirantes.
Após duas horas, encontro desta terça (25) terminou sem decisão.


Após uma reunião de portas fechadas, que durou cerca de 2 horas, entre representantes do Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciária ( (Sindasp) e secretários do governo estadual nesta terça-feira, foi marcado um novo encontro para discutir o fim da greve da categoria para a manhã desta quarta-feira (26) no Palácio dos Bandeirantes, na Zona Sul de São Paulo.
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A reunião teve início às 11h e contou com a presença do secretário de Gestão Davi Zaia, do secretário de Administração Penitenciária Lourival Gomes, do secretário do Planejamento Júlio Semeghini e do secretário da Casa Civil Edson Aparecido, além do presidente do Sindasp, Daniel Grandolfo e demais representantes da categoria.

De acordo com a assessoria de imprensa do Palácio, não foi fechado nenhum acordo. A greve continua paralisada por 48 horas, conforme sugestão do Ministério Público do Trabalho.

Segundo o Sindasp, a categoria quer diversos benefícios, incluindo bônus para os profissionais, correção do auxílio-alimentação, fim do teto-base, convocação remunerada durante a realização de blitz, redução das classes de carreira e bico legalizado.

O sindicato dos agentes pede a promoção imediata de dois níveis salariais. Hoje, o salário de um agente é de R$ 2.361. Com a extinção dos níveis passaria para R$ 2.651, o que representa um aumento de 8,4%. Por enquanto, o governo ofereceu a promoção de um nível salarial, o que passaria o salário inicial para R$ 2.543, um reajuste de 4,3%.

A greve teve início há duas semanas. Desde o início, os grevistas impedem a transferência de presos nos Centros de Detenção Provisórios (CDPs) e ignoram a ordem judicial que determina multa de R$ 100 mil diários em caso de descumprimento.

Delegacias
Cerca de 90 das 158 unidades prisionais do estado foram afetadas pela greve, segundo estimativa do governo. As delegacias da capital paulista ficaram lotadas e os presos foram mantidos em situação precária.

As oito delegacias que abrigam presos até que eles sejam levados para os CDPs, com capacidade entre 10 e 20 presos, enfrentam superlotação na capital paulista. Na quinta-feira (20), 791 presos aguardavam transferência.

A carceragem do 26º Distrito Policial, no Sacomã, que abriga atualmente mais de 100 presos, está com uma condição de higiene crítica. Dos quatro banheiros, dois estão interditados e apenas um tem chuveiro. Por volta de 21h de quinta-feira, apenas os policiais do plantão estão na delegacia para atender a população e vigiar os presos.

As outras sete delegacias, que também abrigam presos provisórios, enfrentam problemas semelhantes. O 91º DP, na Ceagesp, Zona Oeste de São Paulo, está com 80 presos. Já o 72º DP, na Vila Penteado, está com 87 detentos. link: http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2014/03/sem-acordo-agentes-penitenciarios-marcam-novo-encontro-com-governo.html


Tropa de Choque tenta retirar agentes penintenciários em greve que tentavam impedir a transferência de presos em Hortolândia (Foto: Reprodução / EPTV)

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