Instalação está sendo feita em 23 unidades prisionais do Estado de SP.
Veja o video: http://g1.globo.com/sp/ribeirao-preto-franca/noticia/2014/07/penitenciaria-de-serra-azul-sp-testa-sistema-para-bloqueio-de-celulares.html
Do G1 Ribeirão e Franca
Um sistema de bloqueio de celulares, para evitar a comunicação de presos considerados perigosos, está em fase de testes na unidade I da penitenciária I de Serra Azul (SP). O presídio é um dos 23 do Estado de São Paulo que irão receber os aparelhos, a serem instalados em pontos estratégicos para provocar interferência no sinal das operadoras de telefonia móvel.
Os bloqueadores são pequenas caixas com antenas, parecidos com roteadores de internet. Impedem que os detentos, mesmo os que têm acesso a telefones, façam ou recebam ligações, troquem mensagens de texto ou acessem a rede mundial de computadores.
“Quando se faz uma chamada, o telefone manda o sinal para a antena. Se ele não encontra a antena, volta. No caso do bloqueador, ele engana o celular. Vai falar que o sinal foi, mas, na verdade, o sistema copia a informação, impedindo de chegar ao destinatário. Vai ser só uma cópia", explica o técnico em telefonia móvel Bruno Santos de Oliveira. Segundo ele, os testes na unidade são necessários para evitar pontos cegos - lugares onde o sinal do celular ainda possa funcionar.
11 celulares
A penitenciária de Serra Azul é dividida em duas unidades, que, juntas, têm capacidade para 1.712 presos, mas estão com quase o dobro: 3.172. Por enquanto, o sistema está sendo testado apenas na primeira delas, a P1, onde, em 2013, foram apreendidos 11 celulares - na unidade II, foram dois telefones.
Sistema interfere no sinal das operadoras
de celular (Foto: Mauricio Glauco/ EPTV)
Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP), o objetivo da instalação dos bloqueadores é impedir que líderes de quadrilhas e facções criminosas comandem ações de dentro das penitenciárias do Estado. Por isso, segundo a SAP, 23 unidades prisionais de São Paulo, onde estão os detentos mais perigosos, irão receber o sistema.
Para o promotor de Justiça Marcos Túlio Nicolino, se houvesse uma fiscalização mais rigorosa, não seria necessário o bloqueio. "O sistema é mais uma ferramenta para impedir que os presos se comuniquem com o meio externo. Fazendo isso, estaremos impedindo que eles comandem a criminalidade organizada de dentro das penitenciárias. O uso de telefones nas penitenciárias serve para cometer outros crimes, inclusive o conhecido golpe do falso sequestro”.
Para o promotor, os 11 celulares apreendidos no ano passado na unidade I de Serra Azul podem ser considerados um número pequeno, se for levado em conta o universo carcerário. “Com o bloqueador, vamos quase zerar essa comunicação do preso com o meio externo.”
Unidade I de Serra Azul, SP, está testando o sistema de bloqueio de ligações (Foto: Mauricio Glauco/ EPTV)
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