Alckmin defende penas mais severas a envolvidos em mortes de agentes
Em novembro, dois agentes penitenciários foram mortos a tiros na região.
Sindicato da categoria cobra providências e segurança do governo de SP.
Em visita às regiões de Franca e Ribeirão Preto neste sábado (29), o governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), defendeu que envolvidos em mortes de agentes do Estado tenham as condenações agravadas. “A ordem é prender os criminosos. A investigação é feita verificando qual a razão, quem é que deu a ordem, e pegar esses criminosos”, diz.
A declaração acontece após a morte de um agente penitenciário, encontrado na quinta-feira (27) em um canavial às margens da Rodovia Ângelo Cavalheiro, em Serrana (SP). Gil Carlos Siqueira Campos, de 49 anos, apresentava marcas de tiros e havia desaparecido na terça-feira (25) após sair de Casa Branca (SP), onde morava, para trabalhar. Campos era funcionário na Cadeia de Serra Azul (SP). A polícia investiga se ele foi vítima de latrocínio ou se foi executado.
No início de novembro, um agente penitenciário de 47 anos foi morto a tiros na frente da mulher, em Taiúva (SP).
Segundo Alckmin, três propostas foram encaminhadas ao Congresso Nacional para apreciação. “Nós propusemos três mudanças: primeiro a mudança no ECA. Estamos propondo que em caso de crime hediondo pode ficar até 8 anos na Fundação Casa. (...) A outra medida é o maior que utiliza o menor. (...) Se tiver um menor na quadrilha, os maiores têm a pena aumentada, a pena agravada para não utilizar o menor. A terceira é qualquer crime contra agente do Estado, seja policial, seja agente penitenciário, também tenha a pena agravada.”
Geraldo Alckmin defende mais rigor nas penas
para menores envolvidos em crimes hediondos
(Foto: Cláudio Oliveira/EPTV)
Na sexta-feira (28), o diretor do Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo, Fábio César Ferreira, cobrou providências do governo de São Paulo. Em 2014, segundo a entidade, o sistema carcerário registrou oito mortes de servidores. Ferreira é categórico ao afirmar que todos os colegas foram executados. “São execuções sumárias. Falam que é latrocínio para disfarçar, mas nós sabemos que são execuções. A categoria está cansada, com medo, todo mundo vigilante. Os trabalhadores estão sendo executados, policiais civis, policiais militares, e o governo não nos dá uma resposta”, diz.
De acordo com Ferreira, a superlotação das unidades prisionais do Estado expõe os servidores a um risco permanente. Ele cita que há unidades que operam com um número de detentos que é o dobro da capacidade. “Nós somos invisíveis para a sociedade e a sociedade tem que ver que nós prestamos um serviço para ela. Estamos aí com cadeias superlotadas, faltam médicos, servidores. Em Franco da Rocha, a unidade que era para ter 1.050 está com 1,8 mil presos. O sistema prisional está em colapso, já está falido.”
Ferreira afirma que um ato de repúdio contra as mortes ocorridas no Estado está previsto para acontecer no dia 10 de dezembro em São Paulo, e que espera que o governo apresente propostas coerentes às necessidades da categoria. “É isso que falta ao sistema prisional, propostas não politiqueiras, porque com segurança pública não se brinca.”
para menores envolvidos em crimes hediondos
(Foto: Cláudio Oliveira/EPTV)
Na sexta-feira (28), o diretor do Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo, Fábio César Ferreira, cobrou providências do governo de São Paulo. Em 2014, segundo a entidade, o sistema carcerário registrou oito mortes de servidores. Ferreira é categórico ao afirmar que todos os colegas foram executados. “São execuções sumárias. Falam que é latrocínio para disfarçar, mas nós sabemos que são execuções. A categoria está cansada, com medo, todo mundo vigilante. Os trabalhadores estão sendo executados, policiais civis, policiais militares, e o governo não nos dá uma resposta”, diz.
De acordo com Ferreira, a superlotação das unidades prisionais do Estado expõe os servidores a um risco permanente. Ele cita que há unidades que operam com um número de detentos que é o dobro da capacidade. “Nós somos invisíveis para a sociedade e a sociedade tem que ver que nós prestamos um serviço para ela. Estamos aí com cadeias superlotadas, faltam médicos, servidores. Em Franco da Rocha, a unidade que era para ter 1.050 está com 1,8 mil presos. O sistema prisional está em colapso, já está falido.”
Ferreira afirma que um ato de repúdio contra as mortes ocorridas no Estado está previsto para acontecer no dia 10 de dezembro em São Paulo, e que espera que o governo apresente propostas coerentes às necessidades da categoria. “É isso que falta ao sistema prisional, propostas não politiqueiras, porque com segurança pública não se brinca.”
Fonte: G1
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