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24 dezembro 2014

Comércio teme reflexos negativos com novo presídio de Marabá Paulista


Para presidente da associação, empresários já estão 'inseguros'.
Governo deu início aos trâmites para construção de outra unidade.



O Governo do Estado de São Paulo deu início aos trâmites para a instalação de uma unidade prisional em Marabá Paulista, que poderá acolher 847 detentos. Esta será a segunda unidade no município. Sobre a novidade, o presidente da Associação Comercial, Carlos Humberto Martins Oliveira, afirma ser contra a construção de um novo presídio no Oeste Paulista.

De acordo com Oliveira, a princípio, os comerciantes, que já vivem inseguros com o funcionamento de uma prisão na cidade, temem ainda mais reflexos negativos com a nova penitenciária. “É um assunto delicado, porque a região já está cercada de centros como esse. Então, o comércio conclui que trazer mais um presídio para essa cidade tão pequena pode gerar risco de assaltos nos estabelecimentos ainda maior, além de outros problemas que envolvem o aumento da violência”, afirma.

Em contrapartida, o presidente da associação afirma ter um "ponto positivo" no assunto. Com a instalação de uma segunda unidade, o número de vendas no comércio local poderia alavancar em diferentes segmentos, o que traria benefícios para o desenvolvimento da cidade.

“Parte das famílias dos detentos se mudariam para o município. Consequentemente, a movimentação financeira no comércio seria maior, já que eles precisam consumir alimentos, bebidas, roupas, calçados e outros. Então, se pensarmos no crescimento dos segmentos e do município, a construção do presídio é uma boa ideia”, diz Oliveira.

Atualmente, a região abriga presídios e Centros de Detenção Provisória (CDP) para ambos os sexos, em cidades como Presidente Bernardes, Presidente Venceslau, Caiuá, Flórida Paulista, Lucélia, Martinópolis, Tupi Paulista, entre outros. A relação das unidades está disponível no site da Secretaria da Administração Penitenciária (SAP).

A equipe de reportagem do G1 solicitou um posicionamento da SAP, porém até o momento desta publicação não obteve retorno.

fonte G1

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