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11 junho 2016

Um agente penitenciário é agredido a cada 5 dias nos presídios de SP, Segundo G1

Nossas condições de trabalho hoje é capa numa matéria realista do G1. Mostra as covardias as quais somos vitimas, sem a presença de Direitos Humanos, e simpatizantes. Deturpando seu fundamento.
Agente Penitenciário, 2º profissão mais perigosa do mundo, mais antiga, mais DESVALORIZADA( piores salário do país), e menos "reconhecida"( Não consta CF)                       
Marcelo Augusto

Assista o vídeo do G1: http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2016/06/um-agente-penitenciario-e-agredido-cada-5-dias-nos-presidios-de-sp.html




Matéria jornalistica do G1:

Dados parciais apontam 24 casos de agressões de servidores neste ano.
Agente foi agredido por mais de 50 detentos e outro teve dedo decepado.


Um agente penitenciário é agredido por detentos nas unidades prisionais do estado de São Paulo a cada 5 dias, em média, durante o horário de trabalho. Os dados são da Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) e foram contabilizados até o dia 10 de maio deste ano. Ao todo, foram registradas 24 agressões contra os servidores públicos nesse período.

O alto número de agentes agredidos mostra o outro lado da rotina de funcionários que trabalham acuados pelo medo da violência no próprio ambiente de trabalho. De acordo com funcionários, as agressões são consequência da superlotação do sistema prisional e da insatisfação dos detentos.

As agressões registradas neste ano já superam um terço do total de todo ano de 2015. Atualmente, cerca de 29 mil agentes trabalham nas unidades prisionais do estado.

No ano passado, foram registradas 69 agressões a agentes penitenciários dentro das carceragens. Em 2014, o número de vítimas foi ainda maior, na época, foram agredidos 84 funcionários em todo o estado.
Vítima teve costelas fraturadas e embolia pulmonar
após agressão (Foto: Arquivo Pessoal)

O caso recente que ganhou maior repercussão devido à gravidade ocorreu no CDP (Centro de Detenção Provisório) da Vila Independência, na Zona Leste de São Paulo, onde um funcionário responsável pela abertura e fechamento das celas do pavilhão 4, conhecido como zelador, foi agredido por mais de 50 detentos e ficou vários dias internado no hospital.

Outro funcionário agredido em uma unidade prisional de São Paulo relatou ao G1 a angústia que sofreu durante a agressão e no período posterior.

O servidor, que preferiu não se identificar por causa do medo de sofrer retaliações, conta que foi surpreendido por um detento quando abriu a cela para a entrada de outro presidiário. “Eu achei que ia morrer, fui enforcado duas vezes”, conta ele, que desconhece o motivo da agressão.

Ele ficou quatro meses de licença médica e teve que ser transferido de unidade após retornar ao trabalho. “Eu não quis ir para o mesmo local, ia ser difícil demais e fui para a portaria [entrada da unidade]”, disse.

Ele reclama que o estado não lhe ofereceu acompanhamento psicológico para tratar da sua saúde mental. “Fiquei sem dormir alguns dias, só de fechar os olhos já lembrava de tudo e tinha pesadelos que estava apanhando”. A vítima teve que tomar calmantes e antidepressivos e deixou a família apavorada.

Outro servidor de 34 anos, que está há 11 anos na função, também foi agredido em uma unidade do interior de São Paulo em fevereiro deste ano. “Durante o processo de soltura para tomar banho de sol, um deles [ presos] me deu um soco por trás, fui tentar correr e alguém passou uma rasteira. Eu caí e comecei a ser agredido. Perdi a consciência, não vi mais nada que aconteceu comigo”, conta ele.

Durante a agressão, os presidiários fizeram um círculo ao seu redor, que impediu que os demais funcionários vissem o que estava acontecendo e o funcionário chegou a desmaiar enquanto apanhava. O resultado foi duas costelas fraturadas e derrame pulmonar, além das escoriações no corpo como ferida na cabeça e olho roxo.
Parte de dedo de agente penitenciário foi arrancada
durante mordida de detento (Foto: Arquivo Pessoal)

A vítima ficou duas semanas internada e ainda tem sequelas dos ferimentos. “Tô psicologicamente debilitado, apavorado, com receio de voltar a trabalhar”, afirmou.

Dedo decepado
Em São Vicente, no litoral Sul paulista, um agente teve parte do dedo decepado após levar uma mordida de um preso.

A agressão ocorreu durante um ataque psicótico do detento.

Apuração
Em nota, a Secretaria da Administração Penitenciária informa que em todos os casos de agressão de funcionários são instaurados procedimentos de apuração preliminares e disciplinares, além do registro de BO (Boletim de Ocorrência). “A Secretaria também solicita, ao Juízo de Direito das Execuções Criminais, a internação dos agressores em unidade penal de regime disciplinar diferenciado, com proposta de permanência por um período de 360 dias”, diz o texto.

Além disso, a pasta diz que vem efetuando a automação das portas das celas para aumentar a segurança no trabalho dos funcionários, já que o agente não tem contato direto com a população carcerária no processo de abertura e fechamento das celas. O procedimento é realizado à distância, através do comando de um painel eletrônico.

Em todo o Estado de São Paulo são 52 unidades prisionais e três anexos de detenção provisória com esse novo sistema de automação. Neste momento, a SAP realiza investimentos no sistema de outras 11 unidades prisionais. A pasta possui 164 unidades em todo o estado.

De acordo com o sindicato dos agentes penitenciários, a promessa feita pelo governo em 2014 foi automatizar todas as unidades em um período de 3 anos. A meta da Secretaria é automatizar as portas das celas de todas as Penitenciários e de todos os
Centros de Detenção Provisória do Estado até o final de 2018.

Em todos os casos de agressão a funcionários, eles são socorridos pelas equipes de saúde da própria unidade e, quando necessário, encaminhados para assistência hospitalar.

Em relação ao atendimento fornecido aos funcionários agredidos, a SAP diz que os Centros Regionais de Qualidade de Vida e Saúde do Servidor providenciam o acolhimento do funcionário e o encaminhamento para apoio psicológico ou psiquiátrico, além de acompanhamento de saúde quando necessário.

Outro problema recorrente é a falta de equipamentos de comunicação para os agentes penitenciários, especialmente os que atuam como zelador nos pavilhões. Em relação a falta de equipamentos, a SAP declarou que unidades não distribuem rádios para todos os servidores por não haver necessidade e que os aparelhos de comunicação são distribuídos para todos os postos de trabalho de forma estratégica.
Agente foi agredido por vários presos dentro de CDP no interior de SP (Foto: Arquivo Pessoal)

Superlotação
De acordo com os agentes, o CDP de Pinheiros é um exemplo de superlotação. Cada pavilhão possui dois andares, com oito celas em cada andar. Em 4 raios, são 64 celas ao todo. Cada cela foi projetada para brigar 12 detentos, mas chega a ter 60 presos cada uma.

“Na maioria dos casos, as agressões ocorrem nos pavilhões devido à falta de segurança nas unidades. A SAP [Secretaria de Administração Penitenciária] se comprometeu a instalar as celas automatizadas e CIRs [Células de Intervenção Rápida] em cada unidade”, afirmou Daniel Grandolfo, presidente do Sindasp (Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciária do Estado de São Paulo). A falta de equipamentos, como rádios de comunicação, também interfere na rotina de trabalho.

De acordo com a SAP, “não há relação entre as agressões e a lotação das unidades prisionais do Estado, tendo em vista que a pasta oferece toda a estrutura necessária aos detentos”.

A SAP diz que criou o Plano de Expansão de unidades prisionais para aumentar o número de vagas em São Paulo e que já foram inaugurados 20 novos presídios e outros 19 estão em construção.

Segundo a secretaria, as agressões são uma exceção se comparada o número de agressões com o da população prisional. Em 2014, quando ocorreu 84 ocorrências, a população prisional era de 216.826. Em 2015, havia 225.563 pessoas presas e o número de agentes agredidos diminuiu para 69.

De acordo com Daniel Grandolfo, além dos problemas de segurança, outra reclamação recorrente são os chamados “desvios de funções”. Segundo ele, 20% dos 29 mil agentes penitenciários estão em desvio de função atualmente.

Se considerarmos todos os funcionários, a estimativa é que o número seja ainda maior e atinja 41 mil servidores entre agentes, motoristas, médicos e assistentes sociais. “Trabalho de agente penitenciário não é na área administrativa, fazendo a parte burocrática do serviço”.

A Secretaria da Administração penitenciária não se manifestou sobre os desvios de função.

9 comentários:

  1. Nossas condições de trabalho hoje é capa numa matéria realista do G1. Mostra as covardias as quais somos vitimas, sem a presença de Direitos Humanos, e simpatizantes. Deturpando seu fundamento.
    Agente Penitenciário, 2º profissão mais perigosa do mundo, mais antiga, mais DESVALORIZADA( piores salário do país), e menos "reconhecida"( Não consta CF)

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  2. Ai parceiro, enquanto, fica esse negocio de um agente sozinho entra no raio para tranca e abertura de celas, isso vai sempre acontece. Pergunto, cadê o apoio de pessoal, canil, e no minimo alguém com uma escopeta 12, para esses procedimentos, ou acham que os bandidos são todos bonzinhos?

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  3. Media salarial inicial brail 4.5 mil em SP salario base 1.3mil com gratificação 2.6 mil .Somos o primeiro em agressões execuções tái um materia merece divulgação

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  4. Quanto esse Governo não sair, nunca seremos valorizado. Em 2018 Bolsonaro Presidente, e o Filho dele para governador de SP. E outra somos o único Estado a dois anos sem reajuste, todos os outros Estados estão dando reajuste nem que for a inflação. O Estado diminuiu a arrecadação cadê os cortes do governo se SP, o que está fazendo para diminuir os gastos, até agora nada. Isso é tudo areia, como sempre feZ. Em 2014 deu 13% de aumento, dividos em 2013 e 2014. E ficou dois anos sem reajuste salarial, ou seja ele da com um mão e tira com as duas. Aí vem porque 4 sindicato, o que fazem qual são os verdadeiros ganho para categoria. Até hoje não conseguir ver nada.

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    1. 4 SINDICATOS : cabides de empregos para gente que querem entrar na política como o Grandolfo fez (só que o tiro saiu pela culatra) e só verem seu lugar ao sol sem realmente se preocupar com o bem estar em geral de nossa categoria. Até quando pessoal vamos ter que aturar esses sindicatos que fingem que se importam com a gente a não ser com eles mesmos. Se eu estou mentindo dou exemplos: ALE que até hoje não saiu,resposta do governo sobre o Bônus e aumento salarial que ficaram de nos passar no final do mês e até agora nada, de volta o imposto sindical sem consentimento da gategoria e muitas outras coisas mais. SE TOQUEM ASPS ATÉ QUANDO VAMOS SUPORTAR ESSES DESMANZELOS COM NOSSA CATEGORIA?

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  5. É uma lastima isso acontecer.Ainda mais agora com as contratações suspensas.

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  6. Toda unidade na verdade deveria ser um cir com pelos um local de treinamento para pelos os funcionários do pavilhão , arte marcial ou defesa pessoal deveria ser regra não excessão entre funcionários e a entrada de funcionários em pavilhão somente em equipe e com os devida aparelhagem de proteção como armamentos não letais aí sim se poderiam aplicar o procedimento operacional padrão nas unidades, sem isso não adianta nem discutir afinal entrar sozinho em pavilhão com 500 vagabundos e qrer cobrar algo do funcionário é minimo absurdo. Ah e outra agente penitenciário que trabalha em desvio de função deveria ganhar igual a função q ele escolheu ... quem trabalha na administração não é agente penitenciário é oficial administrativo e tem q receber como tal...

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  7. Nossa profissão, de extrema importância, afinal,guardamos os piores elementos da sociedade, que nem suas famílias desejam muitas vezes, e fica esse descaso do Governo Federal, antes Petista e agora PMDB, ignorando nossa classe, jogando areia em nossas reivindicações! Igualmente, em SP, fica o Governo do PSDB ignorando-nos, controlando na areia os ASPs via Secretário da SAP,e fazendo propagandinha partidária a cada visitinha do Sr. Alckmin a uma região de SP! (Ocorreu semana passada aqui na região Oeste).
    Lamentável isso! Parece que falam, falam tanto da reintegração social do detento, da LEP, e o que vemos é o Estado gastar cada vez mais e não dar soluções efetivas. Veja nossa SAP, uma das menores receitas de verbas é destinada a ela.
    Ao invés de implementar trabalho efetivo em todas unidades prisionais pro detento se pagar e dar algum retorno, e incentivar o ASP e demais classes, ficam, perdendo tempo em reuniões inúteis e tomando café quente! Infelizmente é isto que tem ocorrido!
    Se quisessem fazer, fariam. Mas pelo visto, não querem.
    Fica aí meu desabafo.
    Ass.:mais um ASP interiorano, que precisa trabalhar longe de sua família, por uma LPT prometida que também não FUNCIONA!

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  8. O pior é que a povo não conhece nosso trabalho e não valoriza. É como se o agente penitenciário não fizesse parte da segurança pública e governo menos ainda. Vai demorar quanto tempo para eles perceberem que as coisas mudaram e agora não é mais a criminalidade que vai para dentro dos presídios e sim sai lá de dentro. É como uma faculdade.

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