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20 agosto 2016

EUA pretendem deixar de usar prisões privadas

   O Departamento de Justiça dos Estados Unidos anunciou nesta quinta-feira(18) que planeja acabar com as prisões privadas no país, após concluir que esse tipo de gestão acarreta em mais incidentes de segurança e pior prestação de serviços nos centro de detenção em comparação aos dirigidos pelo Escritório Federal de Prisões.

Presidiários em sistema carcerário em San Quentin, Califórnia (Foto: Justin Sullivan/Getty Images)

“Elas [penitenciárias privadas] não oferecem o mesmo nível de serviços correcionais, programas e recursos; não apresentam redução significativa dos custos; e não mantêm o mesmo nível de segurança e proteção”, afirmou em comunicado a procuradora-geral adjunta do país, Sally Yates.

A partir de agora, a Justiça americana não vai mais renovar contratos com as prisões privadas. “Este é o primeiro passo no processo de redução e, em última instância, põe fim a nosso uso de estabelecimentos penitenciários privados”, escreveu Yates. Isso significa que os 13 centros de gestão privada que existem nos Estados Unidos não serão fechados imediatamente, já que seus contratos vencerão ao longo dos próximos cinco anos – segundo a Bloomberg, cerca de 15% dos presos nos EUA vivem em penitenciárias privadas.

Segundo relatório revelado na semana passada sobre as condições penitenciárias, as instalações privadas, por exemplo, tinham taxas mais altas de agressões tanto entre internos, como entre presos e funcionários.

O relatório enumera vários exemplos de caos em instalações privadas, incluindo uma revolta em maio de 2012 em um centro do Mississipi que deixou 20 feridos e um funcionário morto. O motim, segundo o documento, envolveu 250 detidos que estavam insatisfeitos com a comida de baixa qualidade e o atendimento médico.

“O ponto essencial da questão é que as prisões privadas não se comparam favoravelmente com as instalações do Escritório Federal de Prisões em termos de segurança ou serviços. Com a diminuição da população penitenciária federal, temos a oportunidade e a responsabilidade de fazer algo a respeito”, disse Yates em declarações ao jornal The Washington Post.

Nos últimos anos, várias ONGs e veículos de imprensa americanos denunciaram as precárias condições deste tipo de centros penitenciários alegando que a busca de lucros afetava o atendimento aos presos, causando vários distúrbios.

Fonte: Com informações de Veja
Publicado por: Gabriela Rocha

Um comentário:

  1. Espero que o Brasil que adora copiar os EUA copie isso e use de exemplo, que privatizar as penitenciarias não compensa e não vale a pena. Pois se lá não deu certo aqui muito menos dara certo as privatizações...

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