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22 dezembro 2017

Justiça volta a permitir que penitenciária de Álvaro de Carvalho receba presos e há racionamento de água



No fim do mês passado, Justiça havia impedido chegada de novos detentos por conta da superlotação da unidade. Situação tem provocado até racionamento de água pelo detentos.








Penitenciária de Álvaro de Carvalho tem hoje quase 2 mil detentos, mais que o dobro de sua capacidade (Foto: TV TEM/Reprodução)


A Justiça concedeu nesta quinta-feira (21) uma liminar que autoriza o estado a voltar a mandar presos para a penitenciária de Álvaro de Carvalho (SP).

Por causa da superlotação da unidade, uma juíza de Garça (SP), atendendo ao pedido do Ministério Público (MP), tinha proibido no fim do mês passado o envio de novos detentos.

A superlotação na cadeia de Álvaro de Carvalho chegou ao limite, de acordo com o Sindicato dos Agentes Penitenciários (Sindasp).

A unidade abriga hoje mais que o dobro de sua capacidade: projetada para 873 detentos, conta atualmente com 1.919 em suas celas.


Penitenciária de Álvaro de Carvalho pode voltar a receber presos

Entre as consequências dessa superlotação está o fato de que os presos estariam sendo obrigados até a racionar água durante a semana.



"A falta de água tem sido constante porque as unidades foram projetadas para um determinado número de presos. Está faltando água para limpeza das celas e até para a higiene dos presos”, afirma Luciano Novaes Carneiro, diretor do Sindasp.


A Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) recorreu da decisão da juíza de Garça e conseguiu derrubar a liminar, alegando que outras penitenciárias da região também estão superlotadas e que a decisão só agravaria o problema.

Luciano Novaes Carneiro, diretor do Sindasp, diz que falta água até para higiene dos presos (Foto: TV TEM/Reprodução)


A situação de superlotação é registrada em todas as penitenciárias da região Centro-Oeste Paulista, de acordo com levantamento da SAP.

Em Paraguaçu Paulista, a capacidade é para 844 presos, mas atualmente estão na unidade 1.529 pessoas. Em Assis, a penitenciária poderia receber até 829 presos, mas convivem no mesmo espaço 1.214 detentos. Em Getulina são quase 2 mil presos (1.955) em um local projetado para receber 857.

Em nota, a SAP informou que nos últimos 20 anos criou 20 mil novas vagas e que 15 presídios estão em construção.

Do G1

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