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17 dezembro 2017

Penas de acusados de matar agente penitenciário federal no RN somam mais de 120 anos

Em SP, maior parte dos homicídios de agentes penitenciários nem chegaram a prender executores. Na Federal, resposta imediata e inteligência investigativa condena executores a mais de 120 anos de cadeia.


Depois de dois dias de julgamento, os quatro réus acusados da morte do agente penitenciário federal Lucas Barbosa Costa foram condenados nesta sexta-feira (15). O crime aconteceu em dezembro de 2012, em Mossoró, na região Oeste potiguar. Juntas, as penas dos quatro somam mais de 120 anos de prisão.


A sentença foi lida pelo juiz federal Orlan Donato Rocha. Depois de 25 horas de julgamento, Emerson Ricardo Cândido Moraes foi condenado a mais de 32 anos prisão, a pena de Expedito Luiz de Carvalho Neto foi de 24 anos, Luciedson Soares da Silva deve cumprir pena de 29 anos de detenção e Antônio Vieira Ribeiro Júnior foi condenado a mais de 31 anos.


Os quatro acusados foram condenados pelos crimes de homicídio, ocultação de cadáver e formação de quadrilha. Juntas, as penas somam mais de 120 anos de prisão.


O julgamento no Fórum Estadual Desembargador Silveira Martins durou dois dias, e o juri popular foi formado por sete mulheres, entre 45 e 55 anos. A sentença dos acusados veio depois de quase cinco anos do crime. Lucas Barbosa Costa tinha 22 anos quando foi assassinado durante uma tentativa de assalto, na região conhecida como Estrada da Raiz, em Mossoró.


O crime aconteceu no dia 17 de dezembro de 2012. Lucas era natural de Teresina, no Piauí, e trabalhava como agente penitenciário federal na cidade do Oeste potiguar.




O caso




O Ministério Público Federal pediu a condenação dos acusados por homicídio qualificado, ocultação de cadáver e associação criminosa. A denúncia considera que o crime foi cometido por motivo fútil, de forma cruel e mediante meio que dificultou a defesa da vítima.


As investigações apontaram que, no dia do assassinato, por volta das 19h, o grupo estava realizando assaltos a casas no bairro do Alto de São Manoel, quando abordaram e dominaram a vítima no momento em que Lucas Barbosa se aproximava de sua casa. Ao identificar que se tratava de um agente penitenciário federal, os quatro decidiram matá-lo.


Ainda de acordo com a acusação, parte do grupo entrou no carro do agente e seguiu em direção à estrada da Raiz, enquanto o restante acompanhava o trajeto em outro veículo. Ao chegar ao destino, eles vestiram o uniforme de agente penitenciário na vítima e amarraram Lucas. Os denunciados atiraram pelo menos 14 vezes com pelo menos três pistolas.



O inquérito policial apurou que os quatro eram integrantes de uma quadrilha ainda maior, e também responsáveis por diversos outros crimes na cidade de Mossoró. Logo após assassinarem o agente, os acusados ainda esconderam o corpo do agente no matagal e colocaram fogo no carro dele.


As investigações também indicam que ‘Luizinho’ colocou seu chip no celular do agente penitenciário e fez diversas ligações para os demais membros da quadrilha, como forma de se comunicar diretamente do carro do agente com o outro automóvel utilizado na fuga.


“Nesse cenário, avulta que a intenção dos réus, após descobrirem que a vítima era um agente penitenciário federal, foi a de por fim à vida de Lucas Barbosa Costa, uma vez que este não fez um único disparo sequer e nem reagiu à suposta tentativa de assalto, enquanto os réus efetuaram mais de 14 tiros, todos eles certeiros e a maioria em regiões vitais, como tórax e cabeça”, descreve a denúncia do MPF.

https://g1.globo.com/rn/rio-grande-do-norte/noticia/penas-de-acusados-de-matar-agente-penitenciario-no-rn-somam-mais-de-120-anos.ghtml

Um comentário:

  1. VAMOS FAZER UM PLEBISCITO SOBRE PENA DE MORTE.
    VAMOS VER O QUE PENSA A SOCIEDADE SOBRE ESSE ASSUNTO.
    OU MELHOR AINDA, CASO FOSSE POSSÍVEL, QUE CADA ESTADO BRASILEIRO DECIDISSE SOBRE PENA DE MORTE.

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