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25 fevereiro 2018
PCC teria ordenado queima de arquivo
Investigadores responsáveis por elucidar a série de assassinatos envolvendo chefes da facção Primeiro Comando da Capital (PCC) apuram se as últimas mortes envolvendo integrantes da organização criminosa foram queima de arquivo. No alvo dos colegas do grupo estariam os responsáveis por matar Rogério Jeremias de Simone, o Gegê do Mangue, e Fabiano Alves de Souza, conhecido como Paca. Além deles, três outros integrantes ligados diretamente aos cabeças do grupo teriam se tornado vítimas nesta semana.
A principal linha de investigação da Polícia Civil de São Paulo indica que a Gegê e Paca foram mortos a mando de Gilberto Aparecido dos Santos, conhecido como Fuminho, com aval de Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, chefe da facção. Um bilhete apreendido na Penitenciária II de Presidente Venceslau, onde está presa a cúpula da organização criminosa, reforça essa tese.
Na ação orquestrada pela cúpula do PCC, Gegê e Paca embarcaram em helicóptero na região de Aquiraz (Região Metropolitana de Fortaleza) no último dia 15. A aeronave desceu em uma reserva indígena no município quando o piloto teria simulado pane nos equipamentos de voo. Em solo, a dupla teria sido torturada e morta.
Braço direito de Marcola teria mandado matar Gegê e Paca, aponta bilheteAlém deles, estariam voando o piloto, Felipe Ramos Morais, e Wagner Ferreira da Silva, o Waguininho ou Cabelo Duro, segundo revelou ao O POVO fonte que acompanha as investigações. O número de passageiros na aeronave não foi citado oficialmente. Especula-se que de quatro a seis pessoas estariam no momento do crime, incluindo os que foram mortos.
Cabelo Duro último foi morto quinta-feira, 22, enquanto estacionava em hotel na zona leste da cidade de São Paulo. Dois homens encapuzados efetuaram dispararos fuzil contra ele. Os mais recentes alvos teriam sido André Oliveira Macedo, o André do Rap, que teria sido assassinado na última sexta-feira, 23, e um membro da facção conhecido como Nado, segundo informações do jornal O Estado de S. Paulo. O homicídio dos dois, que não estariam no helicóptero, mas teriam participado da elaboração do plano para matar Gegê e Paca, ainda não foi confirmada oficialmente pelas autoridades policiais.
Contra o tempo
Enquanto a queima de arquivo avança, as forças da Segurança Pública e a Justiça tentam encontrar os responsáveis pelo crime no Ceará. Na quinta-feira, 22, mesmo dia em que foi morto, Cabelo Duro teve a prisão temporária determinada pela 1ª Vara de Aquiraz, a pedido da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco). Mandados de prisão também foram expedido para Francisco Cavalcante Cidro Filho, José Cavalcante Cidro, Samara Pinheiro de Carvalho Cavalcante, Magna Ene de Freitas e Felipe Ramos Morais.
A decisão da juíza que assina a ordem de prisão afirma que se trata de “representação por prisão temporária, postulado pela autoridade policial da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas, com fito de elucidar as circunstâncias em que ocorreu o duplo homicídio em que são vítimas Rogério Jeremias de Simone e Fabiano Alves de Souza”.
Redação O POVO Online
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