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19 julho 2018

Guardas de prisões têm nível de estresse semelhante ao de soldados em guerra, diz estudo de universidade dos EUA


Por Juliana Blume, em 18.07.2018


Um estudo recente da Universidade do Estado de Washington (EUA) mostrou que 19% dos guardas de prisões dos Estados Unidos sofrem com Síndrome de Estresse Pós-traumático. Este transtorno é uma resposta à um evento traumático, como guerra, sequestro, abuso sexual ou acidentes.

Funcionários de prisão frequentemente testemunham violência, sofrimento e passam até por crises existenciais ao questionar se o sistema realmente é justo e eficiente. O índice desse tipo de síndrome na população geral é de 3,5%, o que significa que os guardas e outros profissionais da prisão têm seis vezes mais chances de sofrerem com o problema.

O número de funcionários afetados é similar ao de soldados americanos que foram ao Iraque ou Afeganistão, e é maior do que o número de policiais que têm a síndrome.

Entre esses funcionários diagnosticados, 15% relataram flashbacks e pesadelos relacionados com a violência que testemunharam. O estudo analisou 355 trabalhadores do Departamento de Correções do estado de Washington. [BigThink, PubMed]





Fonte: https://hypescience.com/guardas-de-prisoes-tem-nivel-de-estresse-semelhante-ao-de-soldados-em-guerra/



"Infelizmente, estes impactos psicológicos são incalculáveis e cada agente penitenciário reage de uma forma.
O governo pouco valoriza esta profissão, somos lembrados somente em momentos críticos ( revoltas de presos dentro e fora dos presídios)" Agente Prisional Brasileiro - Sergio Vasconcellos


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8 comentários:

  1. Eu como ASP da carceragem passo por isso todo dia.
    Não tenho muito tempo de sistema, porem já consigo formar uma opinião de como o GUARDA é tratado.
    Perante a sociedade somos invisíveis, nosso salário é defasado , ladrão perturbando o dia todo, diretoria omissa com medo de perder a cadeira e fazendo o máximo para atrasar o nosso lado, guarda caguetando guarda sem ganhar nada com isso.
    Junta tudo isso e me diz se não é para estressar?

    Eu já estou pensando em exonerar e voltar para o setor privado.. vou ganhar menos mas volto a ter paz

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  2. Estas fofocas que tem entre funcionários são de pessoas que não tem capacidade se vencer na vida e são invejosas.

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    1. Todo lugar vai ter pessoas assim, seja no setor público bem como no setor privado.

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  3. É a pura realidade, estou me aposentando, imagina o que já presenciei nestes 35 anos, imagina o que passei...

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  4. Eu acredito,pois sp um soldado da RT teve um surto psicótico e ser mato em plena luz do dia na frente dos seu companheiros.

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  5. Sou asp fazem 30 anos comecei a passar mal com falta de ar dores no peito fui para o cardiologista para minha surpresa ele disse que é sindrome do pânico reneguei tal quadro mas fui vencido comecei com tratamento psiquiatra. ...lamentável. ...

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  6. Sou ASP- agente de segurança penitenciária fazem 20 anos...testemunhei várias ocorrências de nível muito estressante...assassinato...suicídio...brigas...insultos e principalmente desprezo...tanto dos superiores...sentados em suas cadeiras...delegando e ignorando...qto da população...q nos trata como fantasmas...e qdo tem rebelião ou fuga...ou apreensão de drogas/celulares...ainda tem coragem de dizer que "foi o guarda q levou!"...sem moral com o governo ou dentro das unidades...somos marginalizados...e se esquecem q cuidamos dos cuspidos pela sociedade...passando 1/4 dos 35 anos(!!!) encarcerados...e sem reconhecimento pelo importante serviço q prestamos...mais pesquisas deveriam ter a seriedade e o bom senso como desta q aqui lemos...

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  7. Sou ASP há 19 anos e agradeço a Deus por me manter de pé, mas é difícil manter o equilíbrio emocional, é difícil não absorver os problemas do Sistema, é difícil não sofrer com o descaso do Estado e da sociedade e é impossível não sentir o peso da impotência diante do flagelo total que é o sistema prisional no Brasil. A gente passa 1/4 da vida dentro das unidades, convivendo com as piores histórias, presenciando todo tipo de violência e crueldade e sendo testemunha da falácia que é a ressocialização.

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