QUATRO SINDICATOS

Marcelo Augusto

07/07/2018

O fato de ter vários sindicatos concede a oportunidade de migrar para o mais atuante, complica quando nenhum deles se destaca no lide sindical, vivenciando um estado de letargia sindical, um tipo de paralisação num sono profundo, imóvel as ações contra a categoria e na conquista de benefícios. Até que ponto é vantagem possuir tantos sindicatos, um segue um caminho diverso do outro e energia acaba empregada para conseguir, mesmo que ilusoriamente, novos afiliados. 

Uma única entidade daria força e unificação dos servidores, dividir para conquistar é tática para enfraquecer,  assim fez Felipe II da Macedônia para dominar e evitar novos movimentos. Sindicato Y vai para Brasília, o W não vai, o X não se manifestou, e se divide e enfraquece. 

O salário dos agentes do Brasil é incomparável com mixaria do nosso Estado, esquece esse negócio de governo bonzinho não passa de balela, é os agentes que mobilizam e param ser for preciso, as entidades, na maioria deles um sindicato único, não dão trégua e exigem valorização, denunciam abusos e descasos, garantem o aumento salarial anual. 

Recentemente, uma lei foi aprovada na ALESP  dispõe de assistência jurídica e gratuita para policiais que,  no exercício de suas funções, se envolvam ou sejam implicados em casos de demandem tutela jurídica. Antes, se envolver nesse tipo de situação o negocio era arcar com um advogado e gastar dinheiro na defesa jurídica que agora passa a Defensoria Pública. Nós não estamos inclusos na lei, no seu percurso com mobilização talvez o desfecho tomaria outro rumo. A letargia incapacitou os quatro.

Uma solução é a restruturação das entidades para unificar e criar condições para que filiados competentes possam se tonar amanhã dirigentes eficientes , abandonar o bordão de renovação que só muda cargos e continua décadas as mesmas pessoas,  conceder oportunidade plena para terminar essa desafeição sindical provocada pela má gestão.

Tirar o sindicalismo do estado de letargia.... 

LEI Nº 16.786, DE 04 DE JULHO DE 2018
(Projeto de lei nº 951, de 2015, dos Deputados Delegado
Olim – PP e Coronel Telhada – PP)

Dispõe sobre a assistência jurídica integral e
gratuita aos policiais civis, militares e profissionais
da superintendência da polícia técnico-científica
que, no exercício de suas funções, se envolvam ou
sejam implicados em casos que demandem tutela
jurídica, seja judicial ou extrajudicial

O GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO:
Faço saber que a Assembleia Legislativa decreta e eu promulgo
a seguinte lei:
Artigo 1º - O Estado oferecerá assistência jurídica integral
e gratuita aos policiais civis, militares e profissionais da
superintendência da polícia técnico-científica que, no exercício
de suas funções ou em razão delas, se envolvam ou sejam
implicados em casos que demandem tutela jurídica, seja judicial
ou extrajudicial.

Parágrafo único - A Defensoria Pública, instituição responsável
pela defesa das pessoas em estado de vulnerabilidade, deverá
desempenhar a atividade descrita no “caput” deste artigo.

Artigo 2º - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

Palácio dos Bandeirantes, 04 de julho de 2018

MÁRCIO FRANÇA
Mágino Alves Barbosa Filho
Secretário da Segurança Pública
Claudio Valverde Santos
Secretário-Chefe da Casa Civil
Publicada na Assessoria Técnica da Casa Civil, em 04 de
julho de 2018.