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16 março 2020
Penitenciária de Porto Feliz registra rebelião e fuga de presos em massa
Polícia Militar e Guarda Municipal estão do lado de fora da unidade. Não há informações sobre reféns. Rebeliões foram registradas em outras cidades do estado.
Por G1 Sorocaba e Jundiaí
16/03/2020 20h08 Atualizado há 6 minutos
Detentos do Centro de Progressão Penitenciária de Porto feliz (SP) se rebelaram no fim da tarde desta segunda-feira (16). Segundo o G1 apurou, o motivo da rebelião seria a suspensão da saída temporária como forma de medida preventiva para conter o avanço do coronavírus.
Informações dão conta que houve fuga em massa de presos. Os que ficaram promoveram um quebra-quebra na unidade. Colchões foram queimados e há barulhos de tiros e bombas.
Penitenciária de Porto Feliz registra rebelião e fuga de presos em massa
A Polícia Militar e a Guarda Civil Municipal estão do lado de fora da penitenciária, que abriga 1825 detentos. Não há informações sobre reféns.
Uma fonte ouvida pelo G1 disse que os internos tomaram conta da unidade, enquanto os agentes penitenciários evacuaram o prédio.
Uma equipe de reportagem da TV TEM flagrou diversos presos correndo pela Rodovia Raposo Tavares. Eles teriam ainda ateado fogo em um canavial próximo da unidade prisional.
A rebelião em Porto Feliz se soma a outras registradas no estado nesta segunda-feira. Houve também rebelião e fuga de presos em Mongaguá, Taubaté e Mirandópolis.
PMs foram acionados para rebelião em CPP de Porto Feliz — Foto: Mayara Corrêa/TV TEM
Em nota, a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) informou que estão ocorrendo atos de insubordinação nos Centros de Progressão Penitenciária de Mongaguá, Tremembé e Porto Feliz, além da ala de semiaberto da Penitenciária II de Mirandópolis, devido à suspensão da saída temporária, que ocorreria amanhã [terça-feira (17)].
Tanto o Grupo de Intervenção Rápida (GIR) quanto a Polícia Militar foram acionados e estão cuidando da situação."
Ainda de acordo com a nota, "a medida foi necessária pois o benefício contemplaria mais de 34 mil sentenciados do regime semiaberto que, retornando ao cárcere, teriam elevado potencial para instalar e propagar o coronavírus em uma população vulnerável, gerando riscos à saúde de servidores e de custodiados."
A SAP informou que ainda não é possível saber quantos presos estão foragidos.
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