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10 junho 2020

FINALMENTE: Após denúncia, 221 mil presos e 35 mil servidores serão testados, diz secretário





Por Eduarda Esteves
09/06/2020 16:56



De acordo com o secretário da Administração Penitenciária, em entrevista exclusiva ao iG, a primeira unidade prisional que vai receber a fase de testes será a Penitenciária II de Sorocaba

Foto: Foto: Marcelo Chello/SSP


Coronel Nivaldo Restivo, secretário da Administração Penitenciária


Após a denúncia publicada pelo iG, nesta terça-feira (9), sobre a falta de testagens em massa em presidiários e servidores do sistema prisional de São Paulo, o secretário da Administração Penitenciária, coronel Nivaldo Cesar , garantiu que todos serão testados gradualmente a partir da próxima segunda-feira (15).


De acordo com o secretário, em entrevista exclusiva, a primeira unidade prisional que vai receber a fase de testes será a Penitenciária II de Sorocaba , já que o local registrou quatro mortes de presos pela Covid-19.


“Ontem (segunda-feira, 8) à tarde, por volta das 15h, eu tive uma reunião com o secretário de Saúde e toda a equipe dele. O que ficou decidido é que a população privada de liberdade vai ser testada e os servidores também. Vamos começar pela unidade que tivemos mais óbitos”, explicou o coronel.


Nesta quarta-feira (10), equipes da Secretaria de Saúde e do Instituto Butantan vão visitar a unidade prisional para montar os locais de testagem . O secretário informou ainda que o cronograma das testagens vai seguir o fluxo de onde tiver mais suspeitas e óbitos.


Questionado sobre em quanto tempo o Estado vai conseguir testar todos os presídios, o coronel Nivaldo Cesar esclareceu que ainda não há um prazo específico, mas afirmou que quem estiver da porta para dentro das unidades será testado.


“São 35 mil servidores e terceirizados também, além dos 221 mil presos nas 176 unidades prisionais. Vamos buscar essa estimativa para informar o prazo final das testagens”, concluiu o secretário da Administração Penitenciária .


O secretário reiterou que a medida está sendo tomada "após inúmeras fases de planejamento por critérios técnicos e não por qualquer tipo de pressão externa", acrescentou.


De acordo com a Secretaria da Administração Penitenciária, em seu último balanço, há 62 presos confirmados com a Covid-19, desses, 12 faleceram. "83 presos estão isolados preventivamente com suspeita não confirmada da doença no estado”, diz nota enviada ao portal iG.


“Nos casos suspeitos entre os presos, o paciente é isolado e a Vigilância Epidemiológica local é contatada. Os servidores em contato com o paciente devem usar mecanismos de proteção padrão , como máscaras e luvas descartáveis. Se confirmado o diagnóstico, além de continuar seguindo os procedimentos indicados, o preso será mantido em isolamento na enfermaria durante todo o período de tratamento", informa a secretaria por nota.


O órgão informou ainda que há 149 servidores confirmados com o novo coronavírus e desses, 14 faleceram.


“Todo servidor com suspeita de diagnóstico está devidamente afastado sob medidas de isolamento em sua residência, conforme orientações do Comitê de Contingência do Coronavírus e a Secretaria acompanha seu quadro clínico, fornecendo todo o suporte necessário para sua recuperação. 161 servidores estão afastados preventivamente com suspeita não confirmada da doença no Estado”.


Entenda o caso


O Sifuspesp (Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do estado de São Paulo) classificou como “mentirosa” a resposta do governador João Doria sobre os testes rápidos no sistema prisional. Questionado na segunda-feira (8) se a testagem em massa estaria sendo realizada no sistema carcecário, o psdbista afirmou que “estava em curso”.


“Em relação ao sistema prisional, a orientação governo do estado, através da Secretaria da Saúde foi exatamente de priorizar o sistema prisional , os agentes e também aqueles que estão cumprindo pena. Isso está em curso, os testes estão sendo feitos”, declarou o governador de São Paulo.


Em entrevista ao iG, Fábio César Ferreira, presidente do Sifuspesp, explicou que dos 70 mil testes anunciados pelo governo do estado para a área da segurança pública, nenhum chegou em massa ao sistema carcerário. A categoria reivindica a testagem desde o mês de março, antes do início da quarentena.


“É a invisibilidade social porque o sistema carcerário é sempre lembrado por último. Se no Brasil não tem pena de morte, é dever do estado cuidar dos presos. também dos servidores, nossa luta é pela vida”, alega Fábio.

12 comentários:

  1. Ha ha ha ha...

    Vai chegar sim... vai...

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  4. NO BRASIL TEM SIM, PENA DE MORTE.PARA HOMENS, MULHERES E CRIANÇAS QUE SÃO BRUTALMENTE ASSASSINADOS PELOS CRIMINOSOS, QUE NÃO PASSAM NEM 15 ANOS PRESOS MESMO QUANDO COMETEM O MAIS BÁRBARO DOS CRIMES.

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  5. Hipocrisia..fiquei em casa com o virus e nunca ninguém entrou em contato comigo..... e ainda agora me informaram que terá que fazer perícia...só falta agora esses dias serem contados normalmente como afastamento de saúde...

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  6. O fim esta próximo !!!!! By maninho

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  7. Cdp icem mais de 4 agentes positivos para covid , outros 6 aguardando

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  8. Realmente hipocrisia!!!Estive em um hospital por 8 dias em estado moderado-grave, e os únicos contatos realizados foram para cobrar apresentação de resultado dos exames, o atestado médico não era suficiente, duvidaram da minha condição e do atestado emitido. Estou ainda em recuperação e não tive apoio de ninguém da secretaria. Somos números infelizmente.

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  9. E em Capela do Alto? Enfermeira está com covid, ASP perdeu parente com a doença e a diretoria? Nao vai tomar providências? Cadê os testes rápidos?

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