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21 julho 2015

Com impedimento de 'bondes', greve dos agentes entra no segundo dia


Veja o vídeo na matéria jornalistica:



Entrada de oito veículos com presos foi bloqueada em Martinópolis.

Paralisação teve início nesta segunda-feira (20) em todo o estado.



   Os Agentes de Segurança Penitenciária (ASP) entraram no segundo dia de greve nesta terça-feira (21) em frente a unidades prisionais da região e de todo o Estado de São Paulo. A paralisação teve início a partir da 0h desta segunda-feira (20) e é uma retomada da greve geral de março de 2014, já que o governo não cumpriu por completo o acordo firmado no Palácio dos Bandeirantes naquela oportunidade, conforme o Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciária (Sindasp).
    Conforme o Sindasp, na manhã desta terça-feira (21) agentes que estavam reunidos em frente a unidade de Martinópolis impediram a entrada de oito veículos que transportavam presos, também chamados de bondes, que vinham de outras penitenciárias da região. Segundo o sindicato, esses veículos não entraram na unidade e seguiram até a base da Polícia Rodoviária de Assis, onde os presos foram colocados em ônibus que seguiram com destino a São Paulo, possivelmente para o Centro de Detenção Provisória de Pinheiros. (Veja a ação dos agentes no vídeo acima)Agentes barram entrada de 'bondes' em Martinópolis (Foto: Grissia Bueno / TV Fronteira)Segundo o sindicato, no primeiro dia de paralisação, das 163 unidades prisionais, 106 paralisaram as atividades e, dos 35 mil servidores, 22.750 mil aderiram ao movimento, o que totaliza 65%.
    O agente e também diretor do Sindasp Alex Brandão, que trabalha na unidade de Montalvão, diz que os agentes permanecem em frente a penitenciária e que o número de adesão ao movimento deve crescer neste segundo dia de paralisação. Conforme outro agente e também diretor da instituição, Cícero Selix, que trabalha em Presidente Bernardes, no primeiro dia da paralisação não houve uma adesão total na unidade em que trabalha, porém, a expectativa é que para esta terça-feira o número aumente.

   Segundo os diretores, os funcionários estão em frente a unidades da região e de todo o estado com faixas e cartazes aguardando um posicionamento do governo para negociação. A greve foi decretada após a realização de 23 assembléias gerais convocadas pelo Sindasp e segundo a decisão das reunioões, a greve somente será suspensa se o governo arquivar todos os Processos Administrativos Disciplinares (PADs) e apresentar uma definição sobre a concessão do Bônus de Resultado Penitenciário (BRP) anual.
   Conforme o sindicato, um acordo, registrado em ata, destacava que o governo deveria arquivar todos os PADs contra os agentes penitenciários que participaram da paralisação de 2014. O documento também apontava que seria criado o BRP, a ser concedido anualmente aos servidores. Após um ano e quatro meses do acordo firmado, 32 agentes penitenciários ainda são vítimas de processo administrativo e correm o risco de serem exonerados. Além disso, a categoria não recebeu nenhuma proposta concreta de criação do bônus, ainda segundo o Sindasp.
    A categoria também pede que o governo conceda os índices inflacionários na pauta reivindicações 2015, em torno de 7%, e cobra do estado uma postura sobre a superlotação nas unidades prisionais.
SAP


   Por meio de nota enviada nesta segunda-feira (20), a Secretaria de Administração Penitenciária informou que o presidente do Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciária do Estado de São Paulo (Sindasp) comunicou aos dirigentes de algumas unidades penais que sua instituição realizaria movimento grevista, sob a alegação de que a SAP não teria cancelado os processos administrativos disciplinares instaurados para a apuração de fatos ocorridos nos Centros de Detenção Provisória (CDP) de Franca e Jundiaí e na Penitenciária de Iperó.
  Ainda foi dito pela secretaria que "o citado presidente não deixou a questão bem clara para seus associados e para os servidores do sistema penitenciário, levando a eles informações que não correspondem com a realidade, pois esse compromisso jamais foi assumido".
   A SAP também alegou que sobre a adesão à greve, apenas 16 das 163 unidades prisionais do Estado aderiram ao movimento e, mesmo assim, mais da metade delas, dez penitenciárias, estão funcionando normalmente, tendo apenas a entrada bloqueada por alguns grevistas.

  Nesta terça-feira, o G1 entrou em contato com a secretaria para um novo parecer sobre a greve, mas até o momento nenhuma atualização foi divulgada.

3 comentários:

  1. A LUTA CONTINUA MAS FORTE DO QUE NUNCA

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  2. São elas: Centro de Progressão Penitenciária (CPP) de Campinas, CPP, Penitenciária II e Centro de Detenção Provisória (CDP) de Hortolândia; CDP, CPP e Centro de Ressocialização Feminino de São José do Rio Preto; penitenciárias de Ribeirão Preto, Marabá Paulista, Presidente Prudente, Guarulhos I, Irapuru e de Martinópolis; CDP de Serra Azul, CDP de Ribeirão Preto e CDP de Campinas.

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  3. Em OC nao parou nada o sindicato so pediu pra tirar foto falei com outras unidade e foi assim

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