07/06/2018
Fotos: Estadão, R7 e Folha
Em 2014, os agentes penitenciários paralisaram mais de 80% nas unidades prisionais do estado de São Paulo, na maior e mais forte greve registrada na história da categoria. Sob pressão do governo paulista, uso de força e escassez de negociações, os agentes suportaram dia-a-dia até que os pedidos de valorização fossem atendidos.
Quatro anos se passaram, os salários foram congelados e os agentes que participaram do movimento puderam sentir a ressaca pós-greve, o sentimento de impotência por não ter atingido o objetivo por completo, as apurações instauradas, os discursos pessimistas, sem notar que eram propagados por aqueles que não participaram no movimento, absorvendo uma culpa inconsciente de derrota, quando na verdade, é vencedor.
O bordão "Somos desunidos" é repetido instantaneamente para explicar a causa desmobilizadora, espalha-se diametralmente, tentando desnutrir ações futuras, impossível compactuar se as provas diárias mostram o contrário, agentes arriscam suas vidas para salvar seu companheiro de trabalho das mãos de presos que os espancam, se isso não é união o que será então ? A ausência de organização e conscientização se confundem com desunião, porque repetem tanto essa palavra a fim de fazer você acreditar e omitir a ineficiência essencial, poupando quem teme a união e a quem, claramente, lucra com essa ideia.
Tentar mobilizar é nadar contra a correnteza, individualismo e confortabilidade dão momentaneamente a sensação de segurança. Sem perceber, ou fingir que não vê, os direitos são surripiados, as contas vão apertando, o salário defasando, e os direitos conquistados por antepassados com muito suor e sangue é subtraído lentamente, quando der conta, se der, será tarde demais, e voltá-los custará bem mais esforços.
Esse é o mundo real, não existe mártires nem super heróis para ir lá conquistar e trazer em suas mãos as riquezas ( conquistas, direitos, valorização), existe sim, uma meia dúzia de nadantes contra a correnteza mundana que sofrem tombos e aprendem ficar mais fortes, poucos desistem e deixam ser levados, olham os amigos se aproximando da queda e dizem que o fim é desagradável e certo, é melhor gastar energias e tentar, tentar, o que desconhece, é que se tivesse mais adeptos poderiam juntos vencer.
Vencida a batalha de 2014, não a interminável guerra pela valorização. As fotos emocionam, o engajamento, coragem e união são nítidas nos rostos, difícil não se comover com uma causa tão justa. As experiências podem ensinar mais que imaginam, abster-se é ser abatido na calmaria da falsa sensação que é desunido, retrocede e ninguém dirá os malefícios, nem que pode ser a mudança do futuro . A valorização começa do interior e rompe as barreiras exteriores que a impedem de ganhar forma, tipo, no 5º dia útil do mês.
"A correnteza da vida é confortável até chegar na queda d'agua" - Marcelo Augusto
Cadê a união da classe Asp e Aevp .... Temos que nós unir .... E esquecer sindicato ..... Um bom exemplo que foi dado .... Os caminhoneiros parou o Brasil.... Motoqueiros ..... Vans escolares..... Etc .....
ResponderExcluirTá... vc vai liderar, começa postando teu nome!
ExcluirEpisódio conhecido como "A cena do louco", orquestrado pelo sindasp... que vergonha!
ResponderExcluirO problema é que muitos não querem.
ResponderExcluirTá mamão pra muita gente.
Aonde mais se tem acúmulo de salário??
Ai pergunto, artigo massa e a maioria nao lê ?
ResponderExcluirWhat?!?!
Excluirbelo artigo parabéns colega, mas pena que talvez muitos leem e não comentam por medo de descobrirem sei lá.... muita gente na zona de conforto, não quer saber de se indispor, se tá bom pra mim que se lasque o resto... até a hora que acordar e pode ser tarde...
ResponderExcluirWhat?!?!
ExcluirTenho algo a dizer: forca e honra!
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