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Detentos foram trazidos de Santa Rosa de Viterbo para Ribeirão Preto, SP.
Policiais precisaram fazer transferência; grevistas atearam fogo em pneus.
Agentes penitenciários do CDP de Ribeirão Preto em greve recusam receber cerca de 45 presos vindo de outro CDP na manhã desta sexta-feira (21) (Foto: Alfredo Risk/Futura Press/Estadão Conteúdo)
Agentes penitenciários formaram um cordão humano em frente ao Centro de Detenção Provisória (CDP) de Ribeirão Preto (SP) na manhã desta sexta-feira (21) para tentar impedir a transferência de 45 detentos vindos da cadeia de Santa Rosa de Viterbo (SP). Eles foram retirados pela Polícia Militar e em seguida atearam fogo em pneus na frente da unidade.
Segundo o diretor regional do Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciária de São Paulo (Sindasp), José Carlos dos Santos Ernesto, embora tenha havido resistência, os agentes entregaram as chaves da unidade prisional às polícias militar e civil, que conseguiram efetuar a transferência dos presos e alojá-los no CDP. Ninguém ficou ferido.
Em Ribeirão Preto, os agentes penitenciários estão em greve desde o dia 10 de março. Trabalhadores de Pontal (SP), Jardinópolis (SP), Franca (SP), Serra Azul (SP) e Taiúva também suspenderam as atividades.
De acordo com o diretor regional do Sindasp, no início da manhã, cerca de 50 agentes formaram um cordão humano em frente ao CDP de Ribeirão Preto para impedir a entrada de 45 presos que vieram de Santa Rosa de Viterbo. A polícia retirou os agentes do caminho e realizou a transferência sem os agentes. “Não houve agressão. Os agentes que estavam dentro da unidade se retiraram e entregaram as chaves nas mãos das autoridades”, diz Ernesto.
Em seguida, os grevistas atearam fogo em pneus para protestar contra a pressão que dizem sofrer por parte do governo. “Nós somos conhecidos como carrascos e corruptos, mas fazemos parte dessa sociedade que nos julga. Temos pais de família, trabalhadores e pessoas honestas aqui”, disse.
Em greve, agentes tentaram impedir transferência
de presos (Foto: Reprodução/EPTV)
Na semana passada, o juiz Sérgio Serrano Nunes Filho, da 1ª Vara da Fazenda Pública, determinou que os agentes penitenciários que estão em greve não impeçam familiares dos presos, advogados e funcionários públicos de terem acesso às dependências dos presídios, sob ameaça de multa de R$ 100 mil por dia em caso de desobediência.
A categoria reivindica reajuste salarial de 20,64%, redução das classes de oito para seis e aposentadoria especial com 25 anos de carreira. Ernesto informou que enquanto o governo não oferecer os benefícios, a greve continuará. “O número de agentes agredidos é enorme dentro das unidades prisionais devido à superlotação e ao déficit de funcionários”, critica.
De acordo com Ernesto, as visitas de familiares aos detentos nas unidades prisionais da região de Ribeirão Preto serão mantidas neste final de semana. “O intuito da nossa greve não é confrontar presos e familiares. Nossa paralisação, além do motivo financeiro, tem caráter humanitário. É um pedido de socorro para chamar a atenção das autoridades para a realidade do sistema penal no Estado. Queremos mais transparência”, disse.
O movimento
Os agentes penitenciários do Estado de São Paulo estão de braços cruzados desde o dia 10 de março. A categoria reivindica diversos benefícios, como correção salarial de 20,64%, referente à inflação entre 2007 e 2012, o fim do teto base, a instituição do bico legal, a redução do número de classes de carreiras e o pagamento de auxílio-refeição.
http://g1.globo.com/sp/ribeirao-preto-franca/noticia/2014/03/agentes-formam-cordao-na-porta-de-cdp-para-impedir-entrada-de-presos.html
Policiais precisaram fazer transferência; grevistas atearam fogo em pneus.
Agentes penitenciários do CDP de Ribeirão Preto em greve recusam receber cerca de 45 presos vindo de outro CDP na manhã desta sexta-feira (21) (Foto: Alfredo Risk/Futura Press/Estadão Conteúdo)
Agentes penitenciários formaram um cordão humano em frente ao Centro de Detenção Provisória (CDP) de Ribeirão Preto (SP) na manhã desta sexta-feira (21) para tentar impedir a transferência de 45 detentos vindos da cadeia de Santa Rosa de Viterbo (SP). Eles foram retirados pela Polícia Militar e em seguida atearam fogo em pneus na frente da unidade.
Segundo o diretor regional do Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciária de São Paulo (Sindasp), José Carlos dos Santos Ernesto, embora tenha havido resistência, os agentes entregaram as chaves da unidade prisional às polícias militar e civil, que conseguiram efetuar a transferência dos presos e alojá-los no CDP. Ninguém ficou ferido.
Em Ribeirão Preto, os agentes penitenciários estão em greve desde o dia 10 de março. Trabalhadores de Pontal (SP), Jardinópolis (SP), Franca (SP), Serra Azul (SP) e Taiúva também suspenderam as atividades.
De acordo com o diretor regional do Sindasp, no início da manhã, cerca de 50 agentes formaram um cordão humano em frente ao CDP de Ribeirão Preto para impedir a entrada de 45 presos que vieram de Santa Rosa de Viterbo. A polícia retirou os agentes do caminho e realizou a transferência sem os agentes. “Não houve agressão. Os agentes que estavam dentro da unidade se retiraram e entregaram as chaves nas mãos das autoridades”, diz Ernesto.
Em seguida, os grevistas atearam fogo em pneus para protestar contra a pressão que dizem sofrer por parte do governo. “Nós somos conhecidos como carrascos e corruptos, mas fazemos parte dessa sociedade que nos julga. Temos pais de família, trabalhadores e pessoas honestas aqui”, disse.
Em greve, agentes tentaram impedir transferência
de presos (Foto: Reprodução/EPTV)
Na semana passada, o juiz Sérgio Serrano Nunes Filho, da 1ª Vara da Fazenda Pública, determinou que os agentes penitenciários que estão em greve não impeçam familiares dos presos, advogados e funcionários públicos de terem acesso às dependências dos presídios, sob ameaça de multa de R$ 100 mil por dia em caso de desobediência.
A categoria reivindica reajuste salarial de 20,64%, redução das classes de oito para seis e aposentadoria especial com 25 anos de carreira. Ernesto informou que enquanto o governo não oferecer os benefícios, a greve continuará. “O número de agentes agredidos é enorme dentro das unidades prisionais devido à superlotação e ao déficit de funcionários”, critica.
De acordo com Ernesto, as visitas de familiares aos detentos nas unidades prisionais da região de Ribeirão Preto serão mantidas neste final de semana. “O intuito da nossa greve não é confrontar presos e familiares. Nossa paralisação, além do motivo financeiro, tem caráter humanitário. É um pedido de socorro para chamar a atenção das autoridades para a realidade do sistema penal no Estado. Queremos mais transparência”, disse.
O movimento
Os agentes penitenciários do Estado de São Paulo estão de braços cruzados desde o dia 10 de março. A categoria reivindica diversos benefícios, como correção salarial de 20,64%, referente à inflação entre 2007 e 2012, o fim do teto base, a instituição do bico legal, a redução do número de classes de carreiras e o pagamento de auxílio-refeição.
http://g1.globo.com/sp/ribeirao-preto-franca/noticia/2014/03/agentes-formam-cordao-na-porta-de-cdp-para-impedir-entrada-de-presos.html
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