Marcelo Augusto
02/06/2020
Vou tocar num assunto massante no sentido de não mudar muita coisa, exposto comumente no blog , no passado quando ele foi criado [blog] era para tentar sensibilizar as autoridades da dura realidade de ficar longe de casa por tempo indefinido. A angustia poderia findar com a eficácia da LPT- Lista Prioritária de Transferência - que instituída para dar equidade, e de fato fez, podendo se inscrever atendendo os critérios.
Com a pandemia sua movimentação cairia como uma luva nas unidades afetadas. Afastamentos de infectados e grupo de risco denotam a escassez de servidores e fragilizam a um sistema que anda de muletas.
A lista permanece estagnada.
Você já se imaginou num túnel escuro a procura de uma luz guia, isso se chama esperança e há muito tempo milhares passam os dias esperando brilhar para retornar para casa. O escuro é o vácuo na lista e a luz a ação da autoridade em por fim na espera. Fazê-la rodar.
Uma frase celebre de um capitão discursando para tropa rodou as redes: " Não espere reconhecimento de quem nunca sentiu o cheiro da pólvora e o calor dos incêndios". Resolvendo trazer ao cotidiano penal, digo: " Não espere reconhecimento de quem nunca ousou colocar os pés dentro de um presídio e nunca encarou uma rebelião".
Perdi as contas de quantos relatos ouvi ao longo dos anos, quantas histórias de vida vejo passando por isso, essa semana um amigo finalmente foi para casa na lista regional, ao menos essa movimenta. Talvez escreva um pouco dessas histórias torcendo para um final próximo, no sentindo de logo retornarem, e feliz. Não é uma crítica, pelo contrário, é um um olhar de quem encontrou a luz e olha para trás para os que ficaram no túnel.
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