Rebelião começou às 15h30 de quinta-feira (9); dois agentes penitenciários são mantidos reféns.
Por G1 PR, Curitiba
10/11/2017 18h17 Atualizado há menos de 1 minuto
Rebelião começou às 15h30 de quinta-feira (9) (Foto: Roberto Porto/RPC Cascavel)
A Polícia Militar (PM) informou que suspendeu as negociações com os presos na Penitenciária Estadual de Cascavel (PEC), na região oeste do Paraná, no final da tarde desta sexta-feira (10). Centenas de detentos estão rebelados no local, desde as 15h30 de quinta-feira (9).
Na manhã desta sexta-feira, o Departamento Penitenciário do Estado do Paraná (Depen) informou que dois presos foram mortos na rebelião. Já no início da noite, o diretor do Depen, Luiz Cartaxo, corrigiu a informação, e disse que apenas uma morte foi confirmada.
Dois agentes penitenciários são mantidos reféns. Segundo o coronel da PM, Washington Lee, os presos não cumpriram as exigências propostas até o momento.
"Nós vamos dar um tempo, porque foram muitos altos e baixos. Sempre, a Polícia Militar cumpriu o seu papel com o que foi prometido", afirmou.
A polícia informou ainda que foi suspenso o abastecimento de água, eletricidade e alimentação na PEC. De acordo com o coronel, as negociações devem ser retomadas às 6h de sábado (11).
O coronel informou que a liberação dos reféns é o principal objetivo.
"Vamos ver até onde eles vão querer conversar", disse.
No início da manhã desta sexta-feira, a PM chegou a dizer que a negociação estava prestes a ser concluída, mas pouco tempo depois afirmou que os detentos não cumpriram o acordo e que, por isso, as negociações recomeçaram.
Área em frente à Penitenciária Estadual de Cascavel (PEC) continua isolada pela polícia (Foto: Anna Flávia Nunes/RPC)
O Sindicato dos Agentes Penitenciários informou que a rebelião começou no solário da penitenciária. Os presos que estavam no local escalaram a parede e acessaram o telhado. Desde então, eles não saíram mais do local.
Em reunião nesta sexta-feira, a comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Cascavel levantou que os rebelados reclamam da queda na qualidade dos alimentos servidos e do tratamento dado às visitas. Os detentos, aponta o representante dos advgoados, Marcelo Navarro, exigem ainda a transferência de três agentes penitenciários.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Paraná (Sesp), a PEC foi projetada para receber 1.160 presos, mas atualmente abriga 980.
G1
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