26 janeiro 2014

Antigo IPA ainda tem seu futuro ‘incerto’, jornal Bom Dia

Instalações estão no centro do debate sobre qual é o caminho para solucionar o problema de segurança


A discussão ganhou corpo em 2013 e se converteu em campanha municipal. Muitas autoridades e entidades da cidade encamparam a ideia de que a desativação e conversão do IPA (Instituto Penal Agrícola) em uma escola de formação de soldados seria um grande passo para solucionar diversos problemas de segurança pública de Bauru e região.


A atividade Delegada, mecanismo que permite que a prefeitura contrate policiais em dias de folga para atuar em ações preventivas, entra em vigor neste começo de ano. A intenção é que eles atuem, num primeiro momento, em pontos críticos da cidade, como a região da Rodrigues Alves e do terminal rodoviário.


Para Aparício Batista Nascimento, presidente da regional da ASSPM (Associação dos Subtenentes e Sargentos da Polícia Militar) esta é mais uma evidência de que a população da cidade pede mais segurança.


Por isso é que a entidade apoia a vinda da escola de soldados para Bauru. Segundo ele, em reunião recente no 4º Batalhão, a entidade se manifestou oficialmente sobre a questão. “Nós temos um deficit na região que pode ser corrigido a partir do momento em que soldados passem a ser formados na cidade”, afirmou.


Além da ASSPM, cerca de 20 entidades de Bauru já se manifestaram favoráveis ao projeto. No entanto, a discussão sobre a ideia começa a englobar outros temas, como a população carcerária de Bauru. Nas instalações do IPA, funciona atualmente o Centro de Progressão Penitenciária III “Prof. Noé Azevedo”.


Para o SINDCOP (Sindicato dos Servidores Públicos do Sistema Penitenciário Paulista) a desativação da unidade pode representar o fim de uma unidade ‘que funciona com eficiência dentro das características a que se propõe’. Sem ela, os outros dois CPPs da cidade ficariam super lotados.


Sindcop entra com ação para evitar superlotação nos CPPs


Os agentes penitenciários de Bauru estão acompanhando de perto o desenrolar dessa história. O Sindcop recentemente entrou com uma Ação Civil Pública para que a Justiça impeça que os CPPs I e II recebam ainda mais detentos. Os dois prédios passam por reformas, que aumentarão a capacidade prisional dos atuais 646 para cerca de 1.100 por cada CPP.


O Sindicato decidiu pela ação por entender que embora a capacidade seja ampliada, o número de agentes permanece o mesmo. Com a possibilidade de o CPP III ser desativado, esse problema tende a se agravar.


Diversos encontros estão agendados para discutir a questão. No dia 13 de março, a Câmara dos Vereadores promoverá reunião para discutir o tema.

Opinião

Gilson Pimentel Barreto, Diretor do Sindcop


É preciso um debate mais profundo

"A nossa posição é de esclarecer e aprofundar o debate. Diversos grupos civis e de autoridades levantaram a questão. Mas ela nunca foi debatida com profundidade. A situação está sendo passada de maneira muito simples. Não foi passado para a cidade que estes presos, que atualmente estão no CPP III, vão ter que ir para outro local. Eles vão para os outros centros penitenciários que existem em Bauru. Nós que somos agentes penitenciários sabemos o que acontece. E vemos com temor o risco de super lotação carcerária enquanto o número de agentes permanece o mesmo. O que é um risco ainda maior para a cidade". fonte: http://www.redebomdia.com.br/noticia/detalhe/63497/Antigo+IPA+ainda+tem+seu+futuro+%91incerto%92

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