07 novembro 2013

AGENTE PENITENCIÁRIO : RIFA DO PCC GERAVA R$ 1,2 MILHÕES, POLICIA FECHA ESCRITÓRIO CONTABILIDADE DO CRIME



PCC faturava R$ 1,2 milhões com rifasPolícia encontra escritório da contabilidade do crime organizado e apreende anotações importantes


DIÁRIO DE S. PAULO


Edu Silva/Futura Press

No apartamento a polícia encontrou R$ 10,3 mil em dinheiro

A polícia deflagrou na noite de quarta-feira a segunda etapa da Operação Sintonia Fina e conseguiu descobrir em Cotia, na Grande São Paulo, o escritório de contabilidade do PCC, facção criminosa que atua dentro e fora dos presídios de São Paulo. Um homem e três mulheres foram presos em flagrante em dois imóveis.


Segundo o delegado Carlos Alberto da Cunha, da Dise (Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes) de São Bernardo do Campo, pelas anotações encontradas, o escritório registrava o movimento financeiro da facção em todo o estado.


No apartamento a polícia encontrou R$ 10,3 mil em dinheiro, 30 celulares novos, envelopes de banco, além de vários comprovantes de depósito bancário, provavelmente em nome de laranjas.


Segundo a polícia, além de fazer contribuições mensais para o partido do crime, os integrantes da facção e familiares de presos também eram obrigados a vender rifas de imóvel. Os policiais encontraram diversos bloquinhos de rifa que seriam distribuídas em todo o estado ao valor de R$ 30 cada.


Com essa atividade eram arrecadados mensalmente R$ 1,2 milhão. Ao todo, o escritório movimentava R$ 2,4 milhões. O dinheiro, segundo o delegado, era para financiar o tráfico de entorpecentes da quadrilha.


A Operação Sintonia Fina apura os passos da facção em São Paulo, Mato Grosso do Sul e Paraguai e está cumprindo 80 mandados de busca e apreensão. Vanderlei Fernandes Meani, 52 anos, tomava conta do escritório, segundo a polícia.


Em um carro apreendido na operação, havia fundo falso no painel, que seria para esconder drogas ou armas. Vanderlei, num descuido dos policiais, quase conseguiu fugir. Ele correu e foi perseguido por um investigador, que atirou várias vezes para o alto. Na sequência, ele foi detido.


A polícia teve autorização da Justiça para monitorar telefones do grupo e assim saber sobre a distribuição do dinheiro.
Em agosto, a polícia havia prendido 28 pessoas acusadas de fazer parte da liderança da facção fora dos presídios. FONTE : 
http://www.redebomdia.com.br/noticia/detalhe/59966/PCC+faturava+R$+1,2+milhoes+com+rifas

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