DECRETO Nº 67.552,
DE 8 DE MARÇO DE 2023
Reorganiza a Comissão de Política Salarial.
TARCÍSIO DE FREITAS, Governador do Estado de São Paulo,
no uso de suas atribuições legais,
Decreta:
Artigo 1º - A Comissão de Política Salarial - CPS, instituída
pelo Decreto nº 51.660, de 14 de março de 2007, vinculada à
Secretaria de Gestão e Governo Digital, fica reorganizada nos
termos deste decreto.
Artigo 2º - À Comissão de Política Salarial - CPS, sem
prejuízo das atribuições e competências dos demais órgãos e
entidades, cabe:
I - fixar as diretrizes a serem observadas no âmbito da
Administração Direta, das autarquias, das fundações instituídas
ou mantidas pelo Poder Público e das empresas por este controladas, em assuntos de política salarial;
II - aprovar os termos finais das negociações a serem
realizadas:
a) pela Secretaria de Gestão e Governo Digital, com
representantes dos órgãos e das entidades aos quais estejam
vinculadas as propostas;
b) no âmbito de cada fundação instituída ou mantida pelo
Poder Público ou empresa por este controlada;
III - autorizar a inserção, nos estatutos, regulamentos e
regimentos internos das fundações instituídas ou mantidas
pelo Poder Público e das empresas por este controladas, de
disposições normativas que criem benefícios ou vantagens
trabalhistas;
IV - autorizar pleitos apresentados pelas fundações instituídas ou mantidas pelo Poder Público e pelas empresas por este
controladas, relativos a reajuste salarial, concessão de benefícios, aplicação de acordos coletivos e implantação ou alteração
de plano de empregos e salários;
V - manifestar-se, previamente à submissão ao Governador,
acerca de pleitos apresentados pelas fundações instituídas
ou mantidas pelo Poder Público e pelas empresas por este
controladas, relativos à fixação ou alteração de quadro de
pessoal, abertura de concursos públicos e contratações, exceto
em relação às contratações, em substituição, para empregos de
livre provimento;
VI - estabelecer parâmetros para a remuneração dos conselhos curador, administrativo, deliberativo ou orientador e fiscal,
das fundações instituídas ou mantidas pelo Poder Público.
Parágrafo único - As decisões governamentais e da Comissão de Política Salarial - CPS serão encaminhadas às empresas
pelo Conselho de Defesa dos Capitais do Estado - CODEC, que
terá por finalidade orientar a atuação dos órgãos societários, na
forma da alínea “b” do artigo 116 da Lei federal nº 6.404, de 15
de dezembro de 1976.
Artigo 3º - A Comissão de Política Salarial - CPS é composta
dos seguintes membros:
I - o Secretário de Gestão e Governo Digital, que é seu
Presidente;
II - o Secretário-Chefe da Casa Civil;
III - o Secretário da Fazenda e Planejamento;
IV - o Procurador Geral do Estado.
§ 1º - Os Secretários de Estado integrantes da Comissão
de Política Salarial - CPS e o Procurador Geral do Estado
serão representados, em seus impedimentos, pelos respectivos
Secretários Executivos e pelo Procurador Geral do Estado
Adjunto.
§ 2º - Na vacância da presidência e de seu representante,
ou nos seus impedimentos simultâneos, assume o próximo
membro, sucessivamente, de acordo com a ordem dos incisos
deste artigo.
§ 3º - Os demais Secretários de Estado poderão ser convidados a participar das reuniões que tratarem de matéria de interesse do órgão ou entidade sob sua supervisão ou relacionada com
a área de sua competência.
§ 4º - As reuniões da CPS serão realizadas mediante convocação do seu Presidente e com a presença da maioria de
seus membros.
§ 5º - As deliberações da CPS serão tomadas por maioria de
votos, cabendo ao Presidente o voto de desempate.
Artigo 4º - A Comissão de Política Salarial - CPS conta com
o apoio técnico dos órgãos adiante relacionados:
I - no âmbito da Administração Direta e das autarquias, das
seguintes unidades:
a) da Secretaria de Gestão e Governo Digital:
1. a Unidade Central de Recursos Humanos - UCRH, da
Subsecretaria de Gestão;
2. a Assessoria em Assuntos de Política Salarial - APS, do
Gabinete do Secretário;
b) do Departamento de Planejamento Orçamentário de Pessoal, da Subsecretaria de Orçamento, da Secretaria da Fazenda
e Planejamento;
II - no âmbito das fundações instituídas ou mantidas pelo
Poder Público e das empresas por este controladas:
a) da Secretaria de Gestão e Governo Digital, a Assessoria
em Assuntos de Política Salarial - APS, do Gabinete do Secretário;
b) da Secretaria da Fazenda e Planejamento:
1. Coordenadoria de Entidades Descentralizadas;
2. Departamento de Planejamento Orçamentário de Pessoal,
da Subsecretaria de Orçamento;
c) da Assessoria de Empresas e de Fundações, do Gabinete
do Procurador Geral do Estado, quando aplicável.
§ 1º - O apoio técnico da Subsecretaria de Orçamento, de
que trata a alínea "b" do inciso I e o item 2, alínea “b” do inciso
II, ambos deste artigo, será prestado, em especial, com vistas ao
cumprimento da Lei Complementar federal nº 101, de 4 de maio
de 2000, e outras correlatas.
§ 2º - Cabe à Secretaria de Gestão e Governo Digital prover
o apoio administrativo necessário ao desempenho das atividades da Comissão de Política Salarial - CPS.
Artigo 5º - Os pleitos das fundações instituídas ou mantidas pelo Poder Público e das empresas por este controladas,
relativos a reivindicações salariais, concessão de vantagens
de qualquer natureza e outros similares, deverão ser dirigidos ao Secretário de Gestão e Governo Digital, por meio da
Coordenadoria de Entidades Descentralizadas, da Secretaria
da Fazenda e Planejamento, e enviados pelas Secretarias de
Estado a que estiverem vinculadas, acompanhados das seguintes informações:
I - proposta dos dirigentes quanto à adequação das reivindicações de seus empregados aos critérios fixados pela Comissão
de Política Salarial - CPS e suas alternativas;
II - avaliação econômico-financeira das despesas da entidade e o impacto do pleito, indicando as fontes de recursos que
irão honrar os pagamentos;
III - outros documentos, análises, avaliações ou projeções
relevantes.
§ 1º - Os termos finais dos acordos coletivos de trabalho
estarão sujeitos à aprovação da Comissão de Política Salarial
- CPS.
§ 2º - Após o registro de que trata o artigo 614 da Consolidação das Leis do Trabalho, os acordos e as convenções
coletivas de trabalho deverão ser encaminhados ao Conselho
de Defesa dos Capitais do Estado - CODEC para fins de controle, acompanhamento e comunicação à Comissão de Política
Salarial - CPS.
Artigo 6º - As fundações instituídas ou mantidas pelo Poder
Público e as empresas por este controladas que inserirem em
seus estatutos disposições normativas envolvendo a criação de
benefícios ou vantagens trabalhistas sem prévia autorização
da Comissão de Política Salarial - CPS, ou que descumpram o
disposto no artigo 5º deste decreto, ficam sujeitas:
I - à apuração de responsabilidade de seus dirigentes;
II - a não liberação, pela Secretaria da Fazenda e Planejamento, de recursos orçamentários e financeiros que porventura
sejam solicitados.
Artigo 7º - Os representantes do Estado integrantes dos
Conselhos de Administração, Conselhos Curadores e Conselhos
Ficais das entidades a que se refere o artigo 5º e o Conselho
de Defesa dos Capitais do Estado - CODEC adotarão, em seus
respectivos âmbitos de atuação, as providências necessárias ao
cumprimento deste decreto.
Artigo 8º - As reivindicações relativas à revisão salarial e
instituição ou revisão de vantagens e benefícios de qualquer
natureza, no âmbito dos órgãos da Administração Direta e das
autarquias do Estado, deverão ser encaminhadas ao Secretário
de Gestão e Governo Digital, por meio da Subsecretaria de
Gestão, e serão analisadas pela Unidade Central de Recursos
Humanos - UCRH.
Artigo 9º - Compete à Secretaria de Gestão e Governo
Digital conduzir as negociações salariais junto às entidades
representativas dos servidores integrantes da Administração
Direta e das autarquias.
Parágrafo único - Os termos finais das negociações a que se
refere este artigo, a serem realizadas pela Secretaria de Gestão e
Governo Digital com representantes dos órgãos e das entidades
aos quais estejam vinculadas as propostas, estarão sujeitos à
aprovação da Comissão de Política Salarial - CPS.
Artigo 10 - O estabelecimento de diretrizes e normas,
além de outras medidas decorrentes de deliberação da
Comissão de Política Salarial - CPS, será objeto de resoluções
do Secretário de Gestão e Governo Digital, na qualidade de
seu Presidente.
Artigo 11 - As disposições deste decreto não se aplicam às
Universidades Públicas Estaduais e à Fundação de Amparo à
Pesquisa do Estado de São Paulo - FAPESP.
Artigo 12 - Este decreto entra em vigor na data de sua
publicação, ficando revogadas as disposições em contrário, em
especial:
I - o Decreto nº 63.033, de 7 de dezembro de 2017;
II - o artigo 1º do Decreto nº 64.149, de 21 de março de
2019;
III - o Decreto nº 64.215, de 6 de maio de 2019;
IV - o inciso VII do artigo 11 do Decreto nº 64.998, de 29
de maio de 2020;
V - o inciso IX do artigo 134 do Decreto nº 66.017, de 15
de setembro de 2021.
Palácio dos Bandeirantes, 8 de março de 2023.
TARCÍSIO DE FREITAS
Arthur Luis Pinho de Lima
Secretário-Chefe da Casa Civil
Caio Mario Paes de Andrade
Secretário de Gestão e Governo Digital
Samuel Yoshiaki Oliveira Kinoshita
Secretário da Fazenda e Planejamento
Gilberto Kassab
Secretário de Governo e Relações Institucionais
Publicado na Casa Civil, aos 8 de março de 2023.
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