Homem, de 29 anos, disse à Polícia Civil que se distraiu ao mexer no rádio do veículo quando percebeu ter atropelado uma pessoa, em Pacaembu
Veículo VW Gol, conduzido pelo agente penitenciário, se envolveu no atropelamento da jovem, em Pacaembu (Foto: Cedida/Polícia Civil)
O agente penitenciário, de 29 anos, morador de Irapuru, que estava preso desde esta quinta-feira (8) em Adamantina, confessou à Polícia Civil, na manhã desta sexta-feira (9), por volta das 10h, que atropelou a adolescente Ana Clara Zorneck, de 16 anos, na madrugada do dia 25 de dezembro, no Jardim Esplanada, em Pacaembu.
Segundo o delegado André Eustáquio da Fonseca, responsável pelo caso, o homem disse que se distraiu ao mexer no rádio, quando percebeu ter atropelado alguém.
“Ele confirmou que estava dirigindo o veículo na hora e que ele realmente causou o atropelamento. Ele informou que no momento não sabia se havia atropelado um homem ou uma mulher, mas ele viu que atropelou alguém e que se distraiu ao mexer no rádio do carro”, contou o delegado ao iFronteira.
De acordo com Fonseca, o homem fugiu sem prestar socorro à vítima por medo de represália. “Ele disse que não parou porque ficou transtornado com a situação e ficou com medo de ser agredido, se parasse o veículo”, afirmou.
'Abalado'
Durante o depoimento, que durou cerca de uma hora, o agente penitenciário ainda se mostrou emocionalmente abalado com o caso. “Ele ainda está abalado e disse que não teve a intenção de atropelar a jovem”, destacou Fonseca ao iFronteira.
A Polícia Civil, que também já ouviu as testemunhas, ainda aguarda o resultado de exames periciais, entre eles o de DNA feito a partir de um tufo de cabelo encontrado no para-brisa de um veículo VW Gol, que atropelou a estudante e, em seguida, capotou na Rodovia Comandante João Ribeiro de Barros, para concluir o caso. O veículo era dirigido pelo agente penitenciário.
“Pouco depois do acidente, ainda transtornado com o atropelamento da jovem, ele perdeu o controle da direção e capotou o veículo na Rodovia Comandante João Ribeiro de Barros, próximo ao Cemitério Municipal de Pacaembu”, ressaltou Fonseca.
Esconderijo
Ainda conforme o delegado, o agente penitenciário ficou escondido em uma propriedade rural não habitada, em Irapuru. “Ele informou que ficou todo esse tempo escondido em uma chácara abandonada, isolada, em uma área rural, localizada em Irapuru, e que seu pai que o levou para lá”, disse aoiFronteira.
Após o depoimento, o agente penitenciário foi indiciado por homicídio qualificado e responderá preso, por conta do mandado de prisão temporária expedido contra ele, que tem duração de 30 dias, que começou a ser contado nesta quinta-feira (8).
Fonte: IFRONTEIRA
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