Centro de Ressocialização Sumare registra segunda fuga em 5 meses

Centro de Ressocialização: fugas e até roubo foram registrados na unidade prisional recentemente


O mecânico Gerivaldo Braga Galvão, 55, fugiu do CR (Centro de Ressocialização) de Sumaré, na madrugada de anteontem, depois de abrir buracos em paredes da unidade prisional. Essa é a segunda fuga registrada no local em cinco meses.
De acordo com um agente penitenciário, a fuga foi constatada no término de plantão, por volta das 6h30. Na troca de turno, um colega verificou que a parede de uma oficina desativada, instalada na ala C do prédio, havia sido quebrada e outra parede, de acesso à parte externa da unidade prisional, destruída. Após a contagem nominal dos detentos, os agentes confirmaram que Galvão era o foragido. O homem teria pulado o muro e alambrado do CR, localizado na Rua Quintino Bocaiuva.
O fugitivo cumpria regime semiaberto. Pelo fato de a unidade receber apenas prisioneiros em progressão de pena, os detentos ficam em alojamentos com portas simples. As espécies de celas ficam destrancadas e os presos têm acesso a qualquer cômodo do pavilhão, relatou o agente no boletim de ocorrência. Os detentos trabalham em empresas vizinhas durante o dia e retornam para dormir à noite.
Segundo o profissional de segurança, as torres de vigilância armada estão desativadas no local e havia ele e mais um agente na unidade. Até à tarde de ontem, o mecânico não havia sido localizado.
OUTROS CASOS
Em outubro, quatro criminosos conseguiram escapar da unidade por um buraco, do tamanho de um bloco de concreto, feito no muro. Havia dois agentes carcerários para monitorar a segurança. Eles foram recapturados na madrugada seguinte.
Em dezembro, um homem encapuzado invadiu a unidade, rendeu três agentes penitenciários, roubou materiais da polícia e fugiu do local com uma viatura. Durante a ação, ele trancou os três funcionários em uma cela da unidade prisional.
À época, a Comissão de Direito Penitenciário da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) de Sumaré havia apontado a superlotação da unidade e falta de número adequado de agentes. Soma-se à falta de carcereiros a superlotação da unidade, que tem capacidade para 76 presos, mas abriga atualmente 286.
A SAP (Secretaria de Administração Penitenciária) solicitou um e-mail com questionamentos sobre o caso, mas não respondeu até o fechamento desta edição. | PAULO MEDINA




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