Com falência intestinal, criança está na UTI. Pais afirmam que plano dos servidores estaduais se recusa a cumprir decisões judiciais
Justiça também bloqueou R$ 100 mil de plano de saúde, que devem ser usados no tratamento
ARQUIVO PESSOALCom o filho em risco de vida, diagnosticado com uma mutação genética rara, os pais do menino Enoque Miranda Arnoni, de 4 anos, afirmam que sofrem desde agosto do ano passado com a falta de atendimento adequado do plano de saúde do Iamspe (Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual) à criança, que não recebe a assistência necessária mesmo após determinações da Justiça à operadora de saúde.
A doença de Enoque, conhecida como displasia de Mckusick, teve como desdobramento falência intestinal, que o impede de absorver os nutrientes e afeta seu crescimento e peso corporal. Desde que nasceu, o menino tem vômitos constantes e diarreia todos os dias.
Com o quadro de saúde já fragilizado e o fracasso de outros métodos de alimentação, ele precisa realizar em casa um tratamento complexo e caro: a dieta parenteral, que nutre o paciente por meio de uma sonda na veia. Além disso, Enoque terá de ser acompanhado diariamente por uma enfermeira por tempo indeterminado.
Em setembro do ano passado, os pais da criança conseguiram liminar favorável na Justiça, que obrigou o plano do Iamspe a transferir o paciente para o Hospital Sabará, especializado em falência intestinal, e custear esse tratamento mesmo em uma unidade que não é conveniada.
Os pais de Enoque afirmam que o Iamspe ignora a determinação judicial, enquanto alega que consegue realizar o tratamento em suas dependências.
"Meu filho está mal, ele está internado de novo. Está na UTI por causa de coagulação, porque não tem absorção de nutrientes. E o Iamspe não o encaminha para o Hospital Sabará porque não quer pagar. Ele está 'secando', e o Hospital do Servidor não está fazendo nada", diz o pai de Enoque, o professor da rede estadual Gustavo Rocha Alves Arnoni.
Como o Iamspe ainda não cumpriu a determinação, os pais de Enoque entraram com outra ação de urgência para bloquear R$ 100 mil do plano de saúde. Mais uma vez, a Justiça de São Paulo foi favorável ao tratamento de Enoque pago pelo instituto de assistência.
"Seria uma forma de o Iamspe cumprir a sentença, já que não fizeram a internação até agora. Como não cumpriram a determinação judicial, vão pagar em espécie o valor do tratamento", diz a advogada dos pais de Enoque, Aline Pires da Silva.
"O Iamspe não pode determinar qual doença ele vai tratar ou não, ele tem obrigação de oferecer tratamento a todas as doenças. No caso do Enoque, a assistência médica não está sendo prestada de forma integral, pondo em risco a vida da criança."
Em nota ao R7, o Iamspe se limitou a informar que Enoque deu entrada no HSPE (Hospital do Servidor Público Estadual) na quinta-feira (13) e está internado na enfermaria pediátrica da unidade. A autarquia também acrescentou que as equipes já inscreveram a criança na fila de espera por um transplante de intestino.
O R7 questionou a secretaria estadual de Saúde sobre a determinação judicial e o tratamento, mas não obteve resposta até a publicação desta matéria.
https://noticias.r7.com/sao-paulo/iamspe-nega-tratamento-adequado-a-crianca-com-doenca-rara-17012022
Tinha que todos os servidores sair desse plano de saude falido, so enche o bolso do estado e o atendimento em certos lugares e pior que o SUS
ResponderExcluirComo isso é revoltante. Também tive que entrar com ação contra o IAMSPE pra conseguir tratamento pra minha filha. Só de ler a matéria já imagino o desespero desses pais cujo sofrimento e ampliado por um convênio de mentirinha que nós temos. Força ao garoto Enoque e que Deus possa ajudar pra que o transplante chegue logo!!!
ResponderExcluireles estão negando atendimento a qualquer um!.... que privatize logo ou encerre esta bosta que só cobra...!
ResponderExcluirÉ o que o servidor covarde de São Paulo merece, não lutam por nada, e já se acostumaram a perder em tudo. A única coisa que preocupa essa gente é o colega de serviço doente que está de licença.
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