Pesquisa revela baixa expectativa de vida do agente penitenciário, a segunda profissão mais perigosa e uma das mais insalubres do mundo. A média de vida da população é de 76 anos, enquanto a do agente é de 45 anos.
Publicado em 23/12/2010
As péssimas condições de infra-estrutura do sistema penitenciário nacional atingem não só os presos, como temos amplamente exposto, mas também os agentes penitenciários. É que mostra recente estudo realizado pelo Instituto de Psicologia (IP) da Universidade de São Paulo (USP). De acordo com a pesquisa, além da precariedade de ordem estrutural, a extensa jornada de trabalho e o estresse, decorrente da atividade laboral, contribuem para a baixa expectativa de vida dos Agentes de Segurança Penitenciária (ASP’s).
A pesquisa foi coordenada pelo psicólogo Arlindo da Silva Lourenço, que trabalha em penitenciárias masculinas do Estado de São Paulo e, entre 2000 e 2002, foi um dos responsáveis pela implementação de uma política de saúde dos trabalhadores, que acompanhou agentes vitimados em rebeliões.
De acordo com o pesquisador, muitos agentes sofrem, constantemente, pressões e ameaças que contribuem para a desorganização psicológica – cerca de 10% desses trabalhadores abandonam a atividade por motivos de saúde, geralmente, distúrbios psicológicos e psiquiátricos.
Ademais, a alta jornada de trabalho desses agentes (12 horas de trabalho e 36 horas de repouso), somada às más condições de trabalho nas penitenciárias e ao ressentimento dos agentes em relação à dificuldade de modificar o ambiente laboral, reflete em uma baixa expectativa de vida. Segundo o estudo, muitos morrem cedo, entre 40 e 45 anos, devido a uma série de problemas de saúde contraídos durante o exercício da função, como diabetes, hipertensão, ganho de peso, estresse e depressão.
Não é novidade, mas a carência de equipamentos materiais básicos cria condições que deterioram e empobrecem a pessoa. "As penitenciárias são repletas de ambientes úmidos e de iluminação insuficiente, de cadeiras sem encosto ou assento, e janelas de banheiros quebradas, elementos que comprometem o bem-estar e a privacidade de agentes e de sentenciados”.
Essas deficiências da (des)organização carcerária interferem diretamente na capacidade de ressocialização do indivíduo. Lourenço argumenta: “Como dizer para o detento que a vida pode ser diferente, o aprisionando em um ambiente insalubre, empobrecido, de miséria e desgraça?”.
O estudo aponta que a atual escassez de recursos não permite a execução do trabalho do agente penitenciário com decência, o que implica um não reconhecimento de sentido na profissão e, consequentemente, “em um não reconhecimento de sua função social e de sua existência”.
A resolução dos detalhes estruturais das instalações, tornando-as adequadas para o convívio, trabalho e permanência humana, já representaria uma grande diferença na qualidade de trabalho dos agentes e na reabilitação dos detentos, segundo o pesquisador. Contudo, essa situação pouco se modificará enquanto os agentes não perceberem a influência destes fatores em sua qualidade de vida.
Infelizmente, a situação tende permanecer como está, uma vez que as penitenciárias estão longe de ser uma prioridade entre as políticas públicas do Estado.
(EAH)
Tenho so mais 3 então kkkkk!
ResponderExcluirEntão tô fazendo hora extra aos 51... vou começar a me despedir de todos, pois posso fazer a passagem a qq momento.
ResponderExcluirAdeus mundo cruel...
verdade falou tudo
ResponderExcluircaramba tenho só mais 5 anos de vida , e nada de PACAEMBU , ''ME AJUDA AI DÓRIA''.
ResponderExcluirEu ja morri... Kkk
ExcluirPede para o Dória já ir explicando isso para os funcionários das empresas que vão cuidar dos presídios privados sendo CLT's (sem estabilidade nenhuma) e ganhando o salário que a empresa quiser pagar! funcionário público não serve para nada segundo ele né?
ResponderExcluirALÉM DE TUDO QUE ESTÁ NESTA MATÉRIA,TEM MAIS UM AGRAVANTE PARA DEIXAR-NOS MAIS DOENTES OS BAIXOS SALÁRIOS E O DESCASO DO GOVERNO COM A CATEGORIA,TEMOS QUE FAZER BICOS PARA COMPRETAR O ORÇAMENTO DAS DESPESAS FAMILIARES.
ResponderExcluirTambém com tanta viagem longe de casa dos entes queridos so pode viver pouco mesmo.stress do trabalho e longe de casa só pode dar nisso
ResponderExcluirCade Paulo de faria que não inaugura nunca se ja ta pronto pra que judiar mais dos funcionários que morram do lado do cdp e tem que viajar 800 quilometro pra trabalhar
ResponderExcluircomo diz véio lobo,enquanto os sindicatos e politicos FATURÃO ALTO COM AR CONDICIONADOS O S POBRES COITADOS DOS ASPS E AEVPS.....SÓ FICAM BABÁS PRESO SEM MINIMO RECONHECIMENTOS QUE MERECEM......POIS A VIDA É CURTA E A JORNADA É LONGA.
ResponderExcluircomo diz véio lobo,enquanto os sindicatos e politicos FATURÃO ALTO COM AR CONDICIONADOS O S POBRES COITADOS DOS ASPS E AEVPS.....SÓ FICAM BABÁS PRESO SEM MINIMO RECONHECIMENTOS QUE MERECEM......POIS A VIDA É CURTA E A JORNADA É LONGA.
ResponderExcluirO governo deve confundir e achar que é 45 anos de efetivo exercício, uma pena as nossas condições de trabalho e agora ainda sofrendo ameaças de um governante que não conhece a nossa realidade!
ResponderExcluirISTO É A MAIS PURA VERDADE,JÁ PRESENCIEI A MORTE DE ASPs,ENTRE 40 A 50 ANOS,SEM CONTAR QUE JÁ VI VARIOS DOENTES.INCLUSIVE EU QUE TOMAVA 12 COMPRIMIDOS POR DIA,CLONAZEPAM,SERTRALINA,CARBONATO DE LÍTIO,PREGABALINA,HALDOL,LEVOZINE,AMITRIPITILINA E OUTROS
ResponderExcluirE NUNCA TIVE APOIO DA SAP.
ResponderExcluirQUERO SABER COMO É O CALCULO DO AUXILIO TRANSPORTE,GASTO PARA ME DESLOCAR ATÉ A UNIDADE QUE TRABALHO,250,00 POR MÊS DE COMBUSTIVEL,NAO TÊM COLETIVO PARA LEVAR,E SÓ VEM DE AUXÍLIO TRANSPORTE 26,15 CENTAVOS.
ResponderExcluirENTÃO QUER DIZER QUE A EXPECTATIVA DE VIDA DOS ASP É MENOR DO QUE A DOS MINERADORES DE CARVÃO NA SIBÉRIA?????
ResponderExcluirSEI LÁ QUEM ENCOMENDOU ESSA PESQUISA,,,MAS COM CERTEZA ELES NÃO FREQUENTARAM AS PENITENCIÁRIAS,,,,TÁ CHEIO TE VOVOZINHO.
AHHHH TÁ DE BRINCADEIRA
O Trabalhador Penitenciário, deveria receber dos Governantes, incentivos,como: descontos nas aquisições de veículos,Transportes gratuitos,pela dificuldade de andar em transportes públicos, e de frequentar determinados lugares públicos, e subsidiar aquisições de moradias, para poder morar longe dos delinquentes por eles custodiados.
ResponderExcluirFALÁCIA,,,,,QUER DIZER QUE A EXPECTATIVA DE VIDA DO ASP É MENOR DO QUE DOS MINERADORES DE CARVÃO NA SIBÉRIA.
ResponderExcluirAHHHHH.... FAÇA-ME O FAVOR.
É SÓ DAR UMA PERCORRIDA PELOS CORREDORES E VERÁS QUE TÁ CHEIO DE VOVOZINHO QUE NÃO LARGA O OSSO.
TEM MUITOS QUE JÁ DEVERIAM ESTAR APOSENTADOS FAZ TEMPO,,,,,ABRINDO OPORTUNIDADES PARA OS MAIS JOVENS QUE ESTÃO CHEGANDO AO MERCADO DE TRABALHO.
45 ANOS,,,,TÁ DE BRINCADEIRA.
Dificio essa realidade meus amigos, sabemos que somos uma categoria menospresada pelos nossos governantes, sâo pessoas que não conhece nossa realidade, nunca tiraram um plantão 24 horas num corredor de uma Unidade Prisional, Nunca vivenciaram uma rebelião como eu e outros colegas ja tivrmos que enfrentar... Ha todo tempo negam nossos direitos até mesmo aqueles adquirido e etc!!!
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