O governador Ronaldo Caiado (DEM) foi às redes sociais nesta quinta-feira (11) e disse que não irá priorizar “bandido na fila de vacinação” contra a Covid-19. O democrata repercutiu uma fala do secretário estadual de Segurança Pública, Rodney Miranda, que no início do mês se mostrou indignado com a ordem de prioridade da imunização, que coloca presos na frente de agentes do sistema carcerário.
“Não tem essa de bandido ter prioridade na fila de vacinação. Como deixou bem claro nosso secretário de Segurança Pública, Rodney Miranda, nossos policiais terão total prioridade para receber a vacina contra a Covid-19. Tenham certeza: mesmo seguindo o Plano Nacional de Imunização, nós temos bom senso e respeito com aqueles que deixam suas famílias em casa todos os dias e assumem a linha de frente para garantir a segurança de nossa gente”, publicou o governador no Instagram.
No último dia 5 de março, Rodney Miranda afirmou que fará de tudo para que os agentes de segurança pública sejam imunizados o quanto antes. “Isso é um absurdo! Em Goiás, nenhum detento vai vacinar antes dos servidores das forças de segurança do Estado. Não existe estatística que justifique essa decisão do Ministério da Saúde. As forças de segurança do Estado estão muito mais expostas que qualquer detento”, disse o secretário.
Na ordem de prioridade, segundo o planejamento do Ministério da Saúde, os presos ocupam a 15ª posição, enquanto os agentes do sistema carcerário se encontram em 16º.
Em fevereiro, o Ministério da Saúde publicou um comunicado sobre o Plano Nacional de Operacionalização da Vacina contra a Covid-19. Há uma lista de grupos de pessoas que poderão tomar as doses da campanha nacional de vacinação contra o coronavírus — eles estão em ordem de prioridade:
- Pessoas com 60 anos ou mais e que estejam institucionalizadas;
- Pessoas com deficiência institucionalizadas;
- Povos indígenas vivendo em terras indígenas;
- Trabalhadores de saúde;
- Pessoas de 80 anos ou mais;
- Pessoas de 75 a 79 anos;
- Povos e comunidades tradicionais ribeirinhas;
- Povos e comunidades tradicionais quilombolas;
- Pessoas de 70 a 74 anos;
- Pessoas de 65 a 69 anos;
- Pessoas de 60 a 64 anos;
- Pessoas que possuam comorbidades;
- Pessoas com deficiência permanente grave;
- Pessoas em situação de rua;
- População privada de liberdade;
- Funcionários do sistema de privação de liberdade;
- Trabalhadores da educação do Ensino Básico (creche, pré-escolas, ensino fundamental, ensino médio, profissionalizantes e EJA);
- Trabalhadores da educação do Ensino Superior;
- Forças de segurança e salvamento;
- Forças Armadas;
- Trabalhadores de transporte coletivo rodoviário de passageiros;
- Trabalhadores de transporte metroviário e ferroviário;
- Trabalhadores de transporte aéreo;
- Trabalhadores de transporte aquaviário;
- Caminhoneiros;
- Trabalhadores portuários;
- Trabalhadores industriais.
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