28 novembro 2013

BLOGDOSAGENTES :100 presos destroem guaritas da Penitenciária e tentam fugir, em RR




100 presos destroem guaritas da Penitenciária e tentam fugir, em RR

Conforme Comando da PM, policiais foram atacados após fim de munição.
Membros da OAB foram expulsos pois 'queriam dar ordens à polícia'.

Érico Veríssimo e Vanessa LimaDo G1 RR




O comandante-geral da Polícia Militar de Roraima, Edison Prola, classificou o tumulto ocorrido na tarde desta quarta-feira (27) na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo (PAMC) como uma 'batalha' dentro da unidade prisional. De acordo com ele, durante o banho de sol, pelo menos cem presos tentaram fugir após atacar os policiais nas guaritas com pedras e pedaços de pau.

"O que houve hoje foi uma batalha, um caso atípico. Não foi falta de policiamento na penitenciária. Existiu o enfrentamento de cem detentos contra oito PMs que se encontravam em suas guaritas", detalhou.

Cinco guaritas foram destruídas. Ainda de acordo com o comandante-geral, o material usado pelos presidiários foi retirado de uma obra inacabada dentro do presídio. "As guaritas foram atacadas ao mesmo tempo a pedradas. Os policias revidaram com balas de borracha, acabou a munição e os policias tiveram que se abrigar das pedras", disse.

Dois policiais ficaram gravemente feridos, após serem atingidos na cabeça. Ambulâncias foram acionadas para remover os feridos para o Hospital Geral de Roraima. Um dos militares levou pelo menos 12 pontos na cabeça.

Ainda segundo o comandante da PM, utilizando escadas feitas de forma artesanal, os detentos escalaram o muro e novamente partiram para o enfrentamento com a polícia. "Não sabemos o número exato das fugas. Temos um número inicial de 12 detentos, sendo que dois foram recapturados pela cavalaria".

Ele informou que uma contagem de presos será realizada ainda nesta quarta-feira (27) para verificar a quantidade exata de fugas da unidade prisional. Equipes da Divisão de Capturas (Dicap), do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e a Polícia Civil estão realizando buscas na cidade.

"A partir de agora, a nossa reação vai ser de outra forma. A Polícia Militar terá um outro procedimento. Eu não vou aceitar policial meu ser ferido por detento. Vamos reforçar o policiamento, colocar mair armamentos e trazer uma estrutura maior para a penitenciária de forma que garanta a segurança, principalmente dos policiais e da sociedade", destaca Prola.

Ele ainda admitiu que certamente essa fuga foi 'algo planejado'. "Já havia uma estratégia, segundo apuramos. Os policiais que estavam nas guaritas ficaram acuados depois que a munição acabou, então eles tiveram que se proteger. Iremos reforçar ainda mais a segurança", considerou.
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Expulsão
De acordo com Alexandre Cabral, presidente da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), dois colegas que tentaram entrar na penitenciária foram tratados com truculência e expulsos do local por Waney Vieira, secretário da Justiça e Cidadania, e pelo comandante Edison Prola.

"É um absurdo que isso aconteça. Acredito que eles tenham ficado 'chateados' com a nossa atuação após a rebelião de domingo (24), quando constatamos que presos da Cadeia Pública foram agredidos. Se fazem isso com a gente, imagine com os reeducandos. Não vamos aceitar truculência por parte de nenhuma instituição", ressaltou.

Cabral afirmou que há uma gravação que comprova que o secretário de Justiça e o comandante-geral foram agressivos com membros da OAB. Ele destacou que a Ordem não advoga para os presos.

"Já atendemos, inclusive, vários policiais que foram vítimas. Onde está o problema, na OAB ou na outra ponta [segurança]? Não viemos causar tumulto, pois a preocupação maior é com a sociedade, já que houve uma fuga em massa e isso põe a cidade em risco", desabafou.

Segundo Edison Prola, os membros da OAB foram expulsos porque 'queriam dar ordens' aos policiais. "Eles queriam saber dos presos, enquanto estávamos com os nossos homens feridos, sangrando. Enquanto eu for comandante, não vou admitir esse tipo de coisa", afir

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