24 setembro 2020

Policiais penais apreendem carta em presídio com "nova ordem" para matar promotor





23/09/2020 as 21:36 | Presidente Bernardes | SBT Interior

O combate do promotor de Justiça ​​Lincoln Gakiya ao crime organizado é um assunto discutido com frequência entre bandidos que fazem parte da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), que atua dentro de fora de presídios paulistas.

Nesta semana, isso foi comprovado novamente. Isso porque uma carta apreendida na última quinta-feira (17), na Penitenciária 1 de Presidente Bernardes (SP) mostrou que o plano é executar o promotor, que chamam de "Lincon" ou "japoneis".

​Na carta, apreendida nas roupas do detento Wesley Ferreira Sotero, de 25 anos, conhecido como "Magrelo", a ordem é ​clara e pede uma retaliação pelas transferências dos líderes da quadrilha para presídios federais.

O preso ainda chama o promotor de "tirano" e pede "um posicionamento à altura" após a transferência das lideranças para presídios federais. "Vale lembrar que temos o aval e até mesmo todo o apoio do Comando para acabar com a vida desse tirano ele para o lugar que ele merece", diz trecho da carta.

Wesley Ferreira Sotero cumpre pena de 17 anos e seis meses por roubo e tráfico de drogas.

POR QUE GAKIYA?

Gakiya foi quem fez o pedido de remoção de 22 chefes da facção para presídios federais, o que ocorreu em fevereiro do ano passado. Antes de serem transferidos, em dezembro, o comando já havia repassado um “salve”, afirmando que, caso houvesse a transferência, o promotor deveria morrer.

O MP acredita que a carta seria repassada a outros presos que ficariam responsáveis por mandar a informação para a rua, onde há um setor da facção chamado de "sintonia restrita", responsável por planejar crimes como roubos e assassinatos.

O promotor possui um forte esquema de segurança, que envolve grupos de elite da Polícia Militar e, mesmo ameaçado, ele segue trabalhando e reforça a necessidade de combater o crime organizado.

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