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http://noticias.r7.com/balanco-geral/video/diretor-do-cdp-de-sorocaba-e-investigado-por-corrupcao-em-sp-533da1b50cf2e8e708ce50fd
Gaeco investiga corrupção no CDP de Sorocaba
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) investiga denúncias sobre a existência de uma organização criminosa que funcionaria dentro do Centro de Detenção Provisória de Sorocaba (CDP), em Aparecidinha. Foi o que mostrou na noite de ontem o programa Conexão Repórter, apresentado pelo jornalista Roberto Cabrini e transmitido pelo SBT. Na reportagem, o diretor Márcio Coutinho é apresentado por Cabrini como um dos principais envolvidos num suposto esquema que, entre outras coisas, envolveria a transferência de presos mediante pagamento de propina.
Durante a matéria, que mostrou a rotina de agentes penitenciários, familiares de presos na fila de visitas confirmaram a existência do esquema. Uma das entrevistadas afirmou ter pago R$ 1.500 para transferir um preso a um "lugar bom". Sem se identificar, um agente penitenciário detalhou a existência da prática, que chegaria a custar de R$ 800 a R$ 2 mil, valores negociados com advogados dos presos. O mesmo agente também comentou sobre a facilitação da entrada de drogas à unidade. Nas entrevistas, também foram mostrados casos de agressão e assédio moral, supostamente praticados por Coutinho.
A reportagem também comparou o salário do diretor, líquido de R$ 7.673,76, com seus gastos ostentados em redes sociais e patrimônios, como o imóvel onde reside em Sorocaba e a aquisição de restaurantes, citadas por um dos agentes. A reportagem da atração televisiva informou que a Secretaria de Administração Penitenciária do estado de SP negou o pedido de entrevista com Coutinho e que iria apurar as denúncias.
De acordo com Antônio Farto Neto, promotor de justiça que integra o Gaeco, o trabalho de investigação colheu quantidade significativa de provas. "Diversas pessoas foram ouvidas, estamos procurando provas documentais e há indícios da prática de diversos crimes", disse em entrevista ao programa.
Investigação ainda não resultou em prisões
Em entrevista coletiva nesta quinta-feira, os promotores de justiça Antônio Farto Neto e Cláudio Bonadia informaram que ainda não têm provas suficientes para pedir prisão preventiva dos investigados e solicitaram a colaboração de pessoas com informações sobre o caso ou que tenham sido vítimas de crimes de corrupção praticados no CDP. Até o momento, quatro testemunhas foram ouvidas na investigação, informaram os membros do Gaeco.
Nesta sexta-feira, os promotores receberão representantes da corregedoria da SAP para dar continuidade às investigações, iniciadas no ano passado. http://www.cruzeirodosul.inf.br/materia/539994/gaeco-investiga-corrupcao-no-cdp-de-sorocaba
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