14 outubro 2014

Agentes penitenciários são mantidos reféns de presos no Paraná


  Segundo dia da rebelião no Presídio Industrial de Guarapuava começou com atos de violência praticados pelos presos.



   No Paraná, dez agentes penitenciários são reféns dos presos, há mais de 30 horas, no Presídio Industrial de Guarapuava.


   O segundo dia da rebelião começou com atos de violência praticados pelos presos. As negociações haviam sido suspensas na noite de segunda-feira (13). Em cima do telhado, eles penduraram um refém de cabeça para baixo. Outro foi preso a um para-raios.


   As negociações foram retomadas e os presos chegaram a apresentar algumas reivindicações, entre elas pedidos de transferências e melhorias na alimentação. Mas durante a tarde desta terça-feira o clima voltou a ficar tenso.


   Os presos torturaram três dos reféns. Um deles foi agredido até desmaiar. Outro, amarrado a um colchão, foi ameaçado várias vezes pelos presos com uma faca. Parentes dos agentes penitenciários ficaram desesperados.


   No fim da tarde, um dos reféns feridos foi libertado pelos presos. A Penitenciária Industrial de Guarapuava está na capacidade máxima: tem 240 detentos, entre eles, dez que participaram de uma rebelião com cinco mortos, no Presídio de Cascavel, também no Paraná.




ATUALIZADO

Dez agentes penitenciários ainda são reféns em Guarapuava

Josué Teixeira/AGP

Grupo de amotinados pede transferência para outras unidades prisionais


Dois dos agentes penitenciários feitos como reféns na Penitenciária Industrial de Guarapuava, no interior do Estado, foram libertados nesta terça-feira (14). Outros 10 agentes seguem nas mãos dos amotinados. Entre 5 e 6 detentos, presos por crimes sexuais, também são reféns dos amotinados.

Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (Seju), são aproximadamente 40 indivíduos que se rebelaram e o grupo exige a transferência para outras unidades prisionais do Paraná e de Santa Catarina.

A negociação está sendo conduzida pelo diretor do Departamento de Execução Penal do Estado do Paraná (Depen) Sezinando Paredes, mas não há previsão para o encerramento da rebelião.

A Seju informou também que 11 reféns pularam do telhado e que outros dois foram jogados, mas que passam bem, sofrendo apenas ferimentos leves. O Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná (Sindarspen) desconfia que os detentos aguardam ordem de facção criminosa para encerrar a revolta.

Libertados

No total, até a noite desta terça-feira (14), três agentes penitenciários foram libertados. Um deles, o primeiro, precisou ser atendido por médicos, já que havia sido queimado com cola quente. O segundo agente a ser liberado pelos detendos foi trocado pela garantia de ter que o almoço seria enviado à penitenciária. AInda não se sabe o motivo da última liberação de reféns do presos.

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