25 agosto 2021

Líder do PCC que assassinou agente penitenciário sai pela porta da frente após julgamento

 

Um dos líderes do PCC, ex-diretor da Gaviões vai ao semiaberto no mesmo dia de condenação

A pena causou estranheza para a promotoria que espera uma condenação de 30 anos. A justiça condenou a há 15 anos, tendo como atenuante a confissão do assassinato, o réu foi SOLTO. Um AGENTE PENITENCIÁRIO, assassinado por um criminoso faccioso, por ser AGENTE do ESTADO, logo estará nas ruas. É a  (in)justiça brasileira... ( Marcelo Augusto)


Rodrigo Hidalgo, do Jornal da Band24/08/2021 • 19:39 - Atualizado em 24/08/2021 • 21:24

Um dos líderes do PCC que participou da organização da onda de ataques na cidade de São Paulo em 2006, e que matou um agente penitenciário, Elvis Riola de Andrade, o “Cantor”, foi para o regime semiaberto do sistema penitenciário.

Ex-diretor e puxador da escola de samba Gaviões da Fiel e integrante da cúpula da facção criminosa, ele tem passagens por associação criminosa, roubo, tráfico de drogas e homicídios, além de ser apontado como participante da onda de ataques à capital paulista em 2006.

Mas mesmo com essa extensa ficha criminal, Elvis Riola deixou a penitenciária de segurança máxima de Presidente Venceslau, no interior de São Paulo, pela porta da frente, após decisão da Justiça.

Riola é acusado de matar a tiros o agente penitenciário Denílson Jerônimo, que trabalhava no CRP de Presidente Bernardes, a mando do PCC em 2009. O criminoso aguardava o julgamento atrás das grades há 11 anos, desde sua prisão em maio de 2010.

Na última semana, veio a sentença: 15 anos de reclusão. Só que o juiz afirmou que a confissão do criminoso seria um atenuante e considerou que ele já havia cumprido a maior parte da pena. Com isso, “Cantor” foi, no mesmo dia, condenado à prisão e enviado para o regime semiaberto, podendo recorrer da pena em liberdade.

A decisão causou estranheza no Ministério Público - pela gravidade do crime, a promotoria esperava a pena máxima, de 30 anos.

“Nós entendemos que a soltura sim, representa um grave risco à sociedade. Uma sensação para eles de que o crime compensa”, lamenta Lincoln Gakiya, promotor do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado).

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