05 novembro 2019

Polícia intercepta carta do PCC com novo plano para matar promotor


Bilhete encontrado em cós da calça de preso que cumpria pena na Penitenciária 1 de Presidente Bernardes dizia: "Ninguém deve ficar vivo"



Do R7
04/11/2019 - 10h15 (Atualizado em 04/11/2019 - 10h55)




Bilhete foi encontrado em cós da calça de detento e tinha como destino a P2Reprodução Record TV

A polícia interceptou um novo plano para matar o promotor de Justiça do Gaeco (Grupos de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) de São Paulo, Lincoln Gakiya. Ele foi responsável pela transferência do líder do PCC (Primeiro Comando da Capital), Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, e de 21 membros da cúpula da organização em fevereiro deste ano. A apreensão do bilhete ocorreu no dia 21 de outubro.



A ordem de execução foi interceptada em um bilhete escrito à mão dentro de um complexo prisional no interior de São Paulo. "Matar tanto o promotor da Gaeco e sua escolta policial", dizia o bilhete. "Ninguém deve ficar vivo." A carta é assinada por Gabriel Nekis, que se identifica como afilhado de Marcola, preso na penitenciária de Presidente Bernardes, em São Paulo.


"Essa carta estava oculta no cós da calça do preso. Possivelmente seria entregue a uma advogada para ser levada a Tony Ricardo, outro preso que cumpre pena na P2 de Presidente Venceslau, no raio 1, que era habitado por Marcola", diz.



A pedido da Justiça, foram cumpridas buscas em endereços ligados a presos do grupo. Os locais serviriam para guardar as armas e abrigar membros da organização que viriam do Paraguai e da Polícia. "Foram encontrados documentos, cartas, salves, recibos, telefones, mensagens", diz Gakyia. Segundo as investigações, drones estariam sendo utilizados para monitorar a casa em que Lincoln vive com a família. A polícia investiga também se advogados de presos atuam como informantes.

Após a interceptação do bilhete, dois detentos estão em isolamento e devem cumprir pena sob o regime disciplinar diferenciado que prevê regras mais rígidas. É possível que eles sejam transferidos para presídios federais, onde ficam presos que cometem crimes contra autoridades.


R7

Um comentário:

  1. Policia ou os agentes penitenciários nós não somos reconhecidos pelo nosso trabalho infelizmente ��

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