Aguinaldo Guilherme Assunção, de 49 anos, cometeu suicídio no Centro de Detenção Provisória de Cerqueira César usando um lençol preso ao pescoço
SÃO PAULO
Fabíola Perez e Joyce Ribeiro, do R7
15/01/2020 - 09h12 (Atualizado em 15/01/2020 - 10h25)
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Apontado como responsável pela morte da menina EmanuelleReprodução Record TV
O suspeito de ter assassinado a menina Emanuelle Pestana de Castro, de 8 anos, Aguinaldo Guilherme Assunção, de 49 anos, se matou no Centro de Detenção Provisória de Cerqueira César, a 304 quilômetros de São Paulo, na madrugada desta quarta-feira (15).
A informação foi confirmada pela equipe da Polícia Civil de Chavantes, cidade em que ocorreu o crime, também no interior de São Paulo. De acordo com o boletim de ocorrência, ao fazer a contagem dos presos por volta de 5 horas da manhã, um funcionário encontrou Aguinaldo enforcado.
Segundo a polícia, ele estava sozinho na cela e utilizou um lençol que foi amarrado na ventana e também ao pescoço. A enfermeira da unidade constatou o óbito. O corpo foi levado para o IML (Instituto Médico Legal) de Avaré. As circunstâncias da morte ainda são investigadas.
Na manhã desta quarta-feira, o delegado Marco Aurélio de Cerqueira César foi até a cadeia em que ocorreu a morte para acompanhar o trabalho da perícia.
Perfil de Aguinaldo
Aguinaldo Guilherme Assunção tem 49 anos é lavrador, mas estava desempregado. O último trabalho foi na quitanda da cidade de Chavantes, onde nasceu e cresceu. Ela mora em uma casa com a mulher e o enteado de 10 anos. Ele foi casado anteriormente e teve uma filha, hoje com 21 anos. Ela mora com a mãe e não tinha contato com o pai.
Aos 17 anos, Aguinaldo matou o irmão Roberto, de 23 anos. Ainda em 1988, Beto, como era chamado, trabalhava com manutenção de equipamentos eletrônicos e, ao chegar em casa, foi para o banho. O irmão queria ir antes e começou uma discussão. Roberto foi morto com uma faca de cozinha ainda no banheiro. Ele foi preso na rodoviária da cidade enquanto brincava com cachorros. Menos de dois meses depois, foi colocado em liberdade.
Segundo a sobrinha dele, Roberta Assunção, a família não desconfiava do envolvimento dele na morte de Emanuelle, mas ainda assim está sendo ameaçada. "Ele tratava bem as crianças, brincava com as da vizinha. A gente não admite isso, mas a gente não tem culpa de nada, ele que tem que pagar", afirmou.
O caso
Aguinaldo Guilherme Assunção confessou à polícia ter matado Emanuelle Pestana de Castro, de 8 anos, que estava desaparecida desde sexta-feira (10) em Chavantes, no interior de São Paulo, por vingança. Ele era vizinho da vítima e alegou que cometeu o crime porque a mãe da menina não permitia que ela brincasse com o enteado dele.
Para atrair a criança que brincava em um parquinho, ele chamou Emanuelle para colher mangas, que seriam entregues como presente para a mãe dela. A menina foi flagrada por câmeras circulando sozinha pela rua, mas sendo seguida pelo suspeito.
A garota foi de bicicleta com Aguinaldo até uma área de reflorestamento e no local, segundo a polícia, ele teria dado uma facada nas costas da menina e em seguida outros golpes no peito dela. No total foram 13 golpes.
A Polícia Civil quer saber ainda se a criança foi vítima de abuso sexual. O laudo deve sair em até 30 dias.
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