06 agosto 2020

Doria fará pacote com "demissão voluntária de servidor e redução de benefícios" para diminuir rombo nas contas em 2021



Silvia Amorim
06/08/2020 - 04:30 / Atualizado em 06/08/2020 - 10:14

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SÃO PAULO — O estrago que a pandemia do novo coronavírus vai causar nas contas públicas não ficará restrito a 2020. Dono do segundo maior orçamento público do país, o Estado de São Paulo estima que o déficit no próximo ano será de R$ 10,4 bilhões. Para reduzir o rombo, o governador João Doria (PSDB) encaminhará à Assembleia Estadual um pacote de medidas que prevê o fechamento de estatais, programa de demissão voluntária de servidores e redução de benefícios fiscais.



O tombo na receita este ano vai ser grande, em razão da desaceleração econômica, mas a ajuda financeira recebida do governo federal e a suspensão do pagamento das dívidas com a União e com bancos, durante a pandemia, vão permitir ao estado fechar as contas no azul. Não há previsão, por exemplo, de atraso do pagamento de salário ou fornecedores.

Em números, a previsão é que a receita com o ICMS em 2020 não passe de R$ 138 bilhões, sendo que o esperado antes da pandemia era de R$ 152 bilhões. O tributo responde por cerca de 70% de tudo que o governo arrecada.

Se as projeções se confirmarem, a receita deste ano será equivalente a de 2009. Para 2021, a estimativa aponta uma arrecadação de R$ 141 bilhões com o tributo, mesmo volume apurado em 2017.



— O maior problema dos estados não será este ano, mas em 2021. Será catastrófico. Muita gente ainda não se atentou para isso. Em 2021, a recuperação econômica será mais lenta do que vem dizendo o governo. As receitas continuarão num patamar baixo — afirmou o secretário estadual de Orçamento, Gestão e Projetos de São Paulo, Mauro Ricardo Costa.


Segundo ele, em 2021, não há perspectivas da continuidade dos auxílios dados este ano pelo governo federal.

— Em 2021, as despesas crescerão de maneira geral com alunos da iniciativa privada migrando para as escolas públicas e as redes de saúde demandando mais custeio por causa da ampliação feita durante a pandemia. Enfim, o orçamento estará muito mais pressionado — completou.

Aprovação rápida


A ideia do governo é encaminhar um projeto de Lei à Assembleia Legislativa até o fim da semana. Se o pacote for aprovado, as medidas podem reduzir o rombo estimado em até R$ 8,8 bilhões. A articulação política está a cargo do vice-governador, Rodrigo Garcia.

Entre as medidas estão corte linear de 20% dos benefícios fiscais concedidos atualmente à iniciativa privada (ao todo são cerca de R$ 40 bilhões de renúncia fiscal ao ano), extinção de empresas, fundações e autarquias e um plano de demissão voluntária para servidores estáveis, aqueles contratados antes da Constituição de 1988.


Na lista de empresas que o governo quer fechar estão a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) e a Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU).



— Estamos retirando benefícios fiscais. Vocês não vão ver no nosso pacote aumento de carga tributária — afirmou Mauro Ricardo, que chegou ao governo em junho com a tarefa de colocar as contas do estado em ordem.

É a segunda passagem dele pelo governo estadual. Entre 2007 e 2010 ele comandou a Fazenda na gestão José Serra.

Doria tem pressa. Esse pacote precisa ser aprovado até o fim de setembro para que seja aplicado em 2021. A ideia do governo é encaminhar a proposta orçamentária do próximo ano para o legislativo já com o déficit equacionado.


Outras medidas


Se nenhuma medida de ajuste fiscal for tomada, o governo admite que não terá condições de honrar com o pagamento integral da folha de pagamento e de fornecedores. Será também a primeira vez, desde os anos 1990, que o estado fechará um ano no vermelho.

Até o fim do ano, outras medidas, ainda mantidas em sigilo, serão apresentadas para zerar o déficit.


15 comentários:

  1. Doria, mostra com o lixo de sua equipe econômica a maior caracteristica do PSDB. Criar dificuldades para vender facilidades. Em nenhum momento se viu por parte do governo do Estado e sua base na assembleia legislativa qualquer ação em busca de recursos financeiros, como renegociar dívidas de impostos, IPVAs, parcelamento para atrasos, enfim, um verdadeiro incompetente.

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  2. Agora vejam a catástrofe que nos metemos colocando uma aventureiro no comando do maior estado do país. São Paulo tem o PIB maior do que muitos países. Tem uma indústria forte e uma agricultura centrada. Aí colocam um lixo como esses no comando do estado, o qual inexperiente na política enfrentou uma pandemia visando minar o atual presidente da República e pôs sua vaidade a frente do interesse de inúmeros paulistas, ou melhor de inúmeros brasileiros. Dória, se São Paulo quebrar o Brasil quebra.

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  3. Poderia dar a opção de redução de carga horária.

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  4. #ficaemcasa.... E acumule devidas!!! Pega o dinheiro do hospital de campanha que não usou e paga os funcionários!!!

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  5. Esse é de longe o pior governador que o estado de São Paulo já teve.Escória!!!

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  6. Esse governo só quer prejudicar os servidores públicos.
    Dúvido se mexeram no bolso dos políticos.

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  7. Recebe ajuda do Governo Federal, superfaturamento de equipamentos,prejudica os funcionários públicos com medidas e decretos absurdos,farra nas compras sem licitação.
    Se depender de mim não ganha nem um bom dia !

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  8. O ASP vai poder sacar seu fundo de garantia e ficar feliz da vida, ops mas não temos fundo de garantia...

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  9. Me dá só 150 mil reais , que entrego o cargo , no mesmo dia,se for para privatizar e isso que ele espera.....

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  10. Poderia começar pela Assembleia Legislativa, extinção dos cargos comissionados, redução/extinção das verbas de gabinete......

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  11. Pagar milhões para terceirizadas, insentar impostos para grande empresas ele sabem fazer, colocar a culpa em quem trabalha é fácil.

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  12. E pensar que R$3,2bi anuais economizados na reforma da previdência foi para aumentar de R$17,4bi para R$20bi anuais de renúncia fiscais de empresas privilegiadas na lista do Sr. Governador.
    Fonte: https://www.brasildefato.com.br/2019/12/18/valor-de-isencao-fiscal-em-sp-e-maior-que-economia-anual-da-reforma-previdenciaria

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  13. Quem tal acabar com a Per Capita, esse mordomia medieval.
    Doa esse dinheiro gasto com a Per Capita para quem precisa realmente.
    Estamos no século 21. CHEGA.

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  14. É fácil, fazer dívidas, privatizar os hospitais em plena pandemia.Jogar funcionários em qualquer lugar como objeto,é depois contratar as empresas privadas para trabalhar sem experiência,sem currículo e colocar a culpa nos funcionários públicos.Faca o favor senhor hovernador

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