Em carta de renúncia coletiva, integrantes criticam plano nacional de segurança pública e protestam contra decisões de Alexandre de Moraes
Em carta de demissão, membros do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária criticam Alexandre de Moraes (Reuters)
Brasília – Membros do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária do Ministério da Justiça encaminharam nesta quarta-feira (25) ao ministro da Justiça Alexandre de Moraes (PSDB) uma carta de renúncia coletiva.
No documento, os integrantes do conselho criticam o plano nacional de segurança pública e protestam contra decisões do chefe da pasta de justiça. De acordo com os integrantes do Conselho, a política criminal do Ministério da Justiça produzirá ainda mais tensões no sistema prisional.
“A índole assumida por esse Ministério, ao que parece, resume-se ao entendimento, para nós inaceitável, de que precisamos de mais armas e menos pesquisas”, avaliam os membros do conselho. “A atual política criminal capitaneada pelo Ministério da Justiça, a seguir como está, sem diálogo e pautada na força pública, tenderá, ainda mais, a produzir tensões no âmago de nosso sistema prisional, com o risco da radicalização dos últimos acontecimentos trágicos a que assistiu, estarrecida, a sociedade brasileira.”
Os signatários da carta ainda afirmam que o uso de “mais armas conduz à velha política criminal leiga, ineficaz e marcada por ares populistas e simplificadores da dimensão dos profundos problemas estruturais de nosso País”.
Sobre o lançamento do Plano Nacional de Segurança Pública, os membros do conselho lamentaram a falta de debate com a sociedade ou com as instâncias consultivas do Ministério. “Ao mesmo tempo, incentiva-se uma guerra às drogas no Brasil que vai, outra vez, na contramão das orientações contemporâneas das Nações Unidas e de diversas experiências bem-sucedidas em países estrangeiros”, concluem.
Ao todo, sete membros do conselho pediram demissão: Alamiro Velludo Salvador Netto, Gabriel de Carvalho Sampaio, Hugo Leonardo, Leonardo Costa Bandeira, Leonardo Isaac Yarochewsku, Marcellus de Albuquerque Uggiette e Renato Campos Pinto de Vitto.
Leia a carta na íntegra:
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E o estropício do Alexandrinho prontinho para subir a Ministro do STF, realmente, caso isso ocorra, será o fim do Brasil. Quanto a esses membros do conselho, deveríamos nos unir e trazer eles a nossa luta, eles devem saber muita coisa importante, mas sequer vamos ajudá-los, travando uma briga contra esse mané da justiça.
ResponderExcluirEsses membros do conselho só pensam neles mesmos, são advogados e membros dá pastoral carcerária. Então não se iludam pensando que eles quiserem ajudar alguém, porque não, eles queriam era soltar os presos.
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