Míngua de ações sindicais

"Mais alarmante não é o patrão sendo patrão, mas o sindicato não sendo sindicato."

Os meses estão passando sem registar quaisquer avanços no dialogo referente a campanha salarial de 2015, 2016 e 2017. Pautas de reivindicações gigantescas com itens de tirar o fôlego, infelizmente de arrastando durantes anos, alguns décadas, como a criação da lei orgânica.

O precípuo é a questão salarial, nossa fonte de sobrevivência, completa 32 meses sem sequer um centavo de reajuste, num mundo perfeito era motivo mais do que suficientes para desencadear uma indignação sem proporções, pois afeta diretamente nossas vidas, em casa, nossas contas. O escapatória é cortar gastos , mas até quando vai conseguir fazer isto ? Vai chegar ponto que cortou as coisas essenciais e o problema não era exatamente este, mas seu salário sendo absorvido pela inflação.

Mais alarmante não é o patrão sendo patrão, mas o sindicato não sendo sindicato. Como assim ? Cortar gastos, dizer arrecadação cai, são falas milenares, em contrapartida o povo organizado indo em encontro de seus interesses, com uma diferença, jamais abster-se de lutar. Sindicato neste contexto seria o instrumento de organização dos trabalhadores, notoriamente não há ações contrarias a desvalorização, manifestações, mídia, greves, etc, às vezes nem próprio site dos sindicatos, olha que temos quatro deles,  falam sobre o assunto, "Campanha Salarial". Por que não  nós organizam ? O que subjaz na inercia ? Cadê as assembleias ? Nem a pauta protocolaram ? Afastamentos ? O que está acontecendo ?

Evidentemente, nada seria possível, se nós, interessados e prejudicados, assumirmos nosso papel e aprendêssemos um pouco mais com nossa própria história.

Marcelo Augusto