27 abril 2019

Peças de roupa são utilizadas como 'esconderijo' para enviar drogas, mas agentes impedem entrada de ilícitos



Neste ano, já foram flagrados cinco casos de apreensões de ilícitos camuflados em peças de roupa, nas unidades prisionais da região de Bauru

Ana Beatriz Garcia
SAP/Divulgação
As drogas encontradas na Penitenciária de Álvaro de Carvalho


Visitantes seguem sendo detidos na tentativa de entrarem com drogas e celulares nas unidades prisionais de Bauru e região. Além dos conhecidos flagrantes que envolvem orifícios corporais, de acordo com a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), peças de roupa também têm sido utilizadas para camuflar a entrada de ilícitos nas unidades.

De acordo com a SAP, nos primeiros quatro meses de 2019, foram flagrados cinco casos de apreensões desta maneira, nas unidades da região de Bauru. Duas apreensões em cós de calça, uma em barra de calça, uma na barra de um top e uma em uma toalha enrolada na perna da calça. Já o ano passado contabilizou o total de dez casos, sendo quatro apreensões no cós da calça, quatro no forro de calcinhas, uma na barra do top e uma na alça da sacola.

Um dos últimos casos foi registrado no último sábado (20). Segundo a SAP, um homem foi flagrado tentando entrar com quatro cigarros de maconha escondidos na barra e no cós da calça, durante procedimento de revista pelo escâner corporal do Centro de Detenção Provisória (CDP) "ASP Francisco Carlos Caneschi" de Bauru.

No início de abril, uma mulher foi flagrada tentando entrar com 39 invólucros (48 gramas) de cocaína e 11 porções de maconha (10 gramas) escondidos no cós da calça, durante procedimento de revista pelo escâner corporal da Penitenciária "Valentim Alves da Silva" de Álvaro de Carvalho.

EQUIPADOS

Ainda segundo a SAP, em todos os casos de flagrante, a Polícia Militar (PM) foi acionada para registrar boletim de ocorrência. Também foi aberto procedimento interno para apurar o envolvimento dos detentos que receberiam os materiais ilícitos no âmbito das unidades prisionais.

"Todas as unidades prisionais do Estado de São Paulo estão equipadas com aparelhos de Raio-X de menor e maior porte, além de detectores de metal de alta sensibilidade. Foram instalados 'body scanners' nos Centros de Detenção Provisória, Penitenciárias e Centros de Progressão Penitenciária do Estado. Com esses aparelhos, é possível realizar as revistas em visitantes a partir das imagens geradas pelo equipamento, identificando possíveis ilícitos como drogas e celulares de maneira rápida e eficiente", afirma a secretaria.

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