22 abril 2014

Agente penitenciário está entre os presos por roubo de armas da Central de Escoltas em MG


Ele e os outros três suspeitos detidos nesta madrugada serão ouvidos formalmente. Arsenal era negociado com criminosos e duas metralhadoras seriam vendidas por R$ 21 mil

Publicação: 21/04/2014 13:27 Atualização: 21/04/2014 13:35




Armas estavam escondidas em quatro casas na cidade de Ribeirão das Neves, onde fica a Central de Escoltas


Um dos nove agentes penitenciários que estavam de plantão quando ocorreu o roubo de armas da Central de Escoltas da Penitenciária Dutra Ladeira está entre os quatro suspeitos detidos pela Polícia Civil nesta segunda-feira. Segundo o chefe do Departamento de Operações Especiais (Deoesp), ele e os demais suspeitos serão ouvidos formalmente ainda nesta semana e devem ser apresentados.


Trinta e nove das 45 armas roubadas em 24 de março foram recuperadas durante uma operação do departamento na madrugada de domingo para esta segunda-feira. As 33 pistolas, seis submetralhadoras e cerca de 1,5 mil munições das 1,6 mil que haviam sido levadas foram encontradas em quatro endereços em Ribeirão das Neves. Faltam ainda outras seis pistolas.
Em entrevista coletiva na manhã desta segunda-feira, o delegado Wanderson Gomes disse que a equipe ainda procura um quinto suspeito. Este homem é dono de um dos imóveis onde parte das armas foram encontradas.

Sem dar mais detalhes sobre a execução do crime, o delegado explicou que os envolvidos estão divididos entre facilitadores – que esquematizaram o roubo, intermediadores e compradores. Duas metralhadoras estavam na iminência de serem negociadas por R$ 21 mil. As pistolas giravam em torno de R$ 4 mil a R$ 5 mil cada.

O roubo das armas foi descoberto durante a troca de turnos na central. Agentes que chegaram para trabalhar pela manhã encontraram alguns colegas dormindo e outros passando mal. Ao entrar na sala de armas, perceberam a falta de 39 pistolas ponto 40 e seis submetralhadoras de mesmo calibre, além de cerca de 1,2 mil cartuchos de munição.

A suspeita é de que os agentes tenham sido dopados. O chefe do Deoesp informou hoje que o laudo do Instituto Médico Legal (IML), para averiguar se os agentes ingeriram alguma substância que causou os sintomas, ainda não foi concluído. Os nove profissionais foram afastados por 30 dias, prorrogáveis por mais um mês, por determinação do secretário de Estado de Defesa Social, Rômulo Ferraz.

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