27 abril 2018

GIR e Tropa de Choque fazem varredura na Penitenciária de Lucélia pós-rebelião




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ilustrativa do GIR




Depois de quase 24 horas, terminou no começo da tarde desta sexta-feira (27) a rebelião na Penitenciária de Lucélia, iniciada às 14h20 de ontem, quando três defensores públicos – de um grupo de cinco que estavam na unidade – foram mantidos reféns pelos presos. Toda a unidade foi tomada pelos detentos.

Os sinais de que o motim estava chegando ao fim se deram com a liberação dos três reféns, nesta sexta-feira, que foram soltos um a um, às 10h, 11h20 e o último às 12h, segundo nota à imprensa distribuída pela Secretaria da Secretaria da Administração Penitenciária (SAP). Nenhum dos reféns apresentou ferimentos (veja mais).

Com a declaração do fim da rebelião, o Pelotão de Choque da Polícia Militar deve entrar na unidade para uma varredura completa nas instalações e a retomada do controle do presídio. Esse trabalho deve contar com a partição do Grupo de Intervenção Rápida (GIR), equipe especializada da própria Secretaria de Administração Penitenciária.Por medida de segurança, a SAP suspendeu as visitas neste fim de semana na unidade prisional de Lucéla.

Defensoria Pública cita a existência de 30 presos feridos e disse que vai apurar

Em nota publicada no site da Defensoria Pública do Estado de São Paulo, o órgão relata a existência de pelo menos 30 presos feridos. Sobre o episódio de ontem, a Defensoria Pública relatou que está apurando as exatas circunstâncias do ocorrido. A apuração se dará junto aos defensores públicos que estavam no presídio e foram feitos reféns, e à Administração Penitenciária. “A gravidade do episódio será levada em conta, com a seriedade devida, para que a Defensoria possa aperfeiçoar as balizas e protocolos de sua atuação nos estabelecimentos prisionais, sempre em diálogo permanente com a Secretaria de Administração Penitenciária”, diz o texto.
Por fim, a nota lamenta a existência de detentos feridos, bem como a angústia que o episódio trouxe a diversos familiares e colegas. “São devidos também agradecimentos ao trabalho realizado pelas equipes policiais da segurança pública e também da administração penitenciária, que conduziram com êxito e tranquilidade as negociações para a libertação dos Defensores Públicos”, completa (veja mais).

A rebelião

O início da rebelião foi comunicado à Polícia Militar às 14h20 de ontem, e desde então equipes da área de segurança da própria Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) e forças policiais estão no local.


A SAP acionou seu Grupo de Intervenção Rápida (GIR), treinado para atuar em situações dessa natureza. A PM mobilizou seu efetivo da região, entre homens, viaturas e o helicóptero Águia. Equipes especializadas da Tropa de Choque e do Grupo de Ações Táticas Especiais (GATE) da PM vieram da capital paulista e também estão de prontidão, e permanecem atue que a situação esteja normalizada. O Corpo de Bombeiros também foi acionado e permanece no local.
A negociação com os reféns foi feita por inicialmente por diretores da SAP e especialistas nesse tipo de atuação, em ter os quais, a equipe do GATE, e transcorreram desde que foi deflagrada a rebelião, sendo suspensas às 22h de ontem e retomadas às 6h da manhã de hoje.

Incêndio e destruição nas dependências internas do presídio

Depois de iniciada a rebelião, os presos mantiveram três defensores públicos como reféns e promoveram danos nas instalações do presídio. Diversos focos de incêndio também foram registrados desde o início do motim.


SAP diz que defensores foram alertados sobre riscos

Em nota distribuída à imprensa, a SAP informa que na manhã de ontem (26), por volta das 9h, cinco defensores públicos chegaram à Penitenciária de Lucélia para realizarem atendimento aos presos da unidade. A direção informou aos defensores que não seria apropriado entrar naquele momento pois os detentos estavam no horário do banho de sol, porém, os defensores insistiram em entrar.
De acordo com a nota da SAP, por volta das 14h, ainda durante o banho de sol, os defensores entraram nos pavilhões três e quatro e, após vinte minutos, os presos do local fizeram três defensores de reféns e começaram a quebrar as portas dos pavilhões a fim de liberar todos os presos.
Em nota, a SAP ressalvou que quando foi iniciado o movimento subversivo pelos detentos, todos os funcionários da unidade foram retirados do interior da carceragem.
Por fim, a nota da SAP esclarece que Defensores Públicos e Juízes possuem acesso irrestrito as unidades e não podem ser impedidos de entrar em qualquer estabelecimento penal (veja mais).

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