Com a agenda cheia por conta das gravações da segunda temporada de Carcereiros, Rodrigo Lombardi aproveita o intervalo entre uma cena e outra para um bate-papo com o Gshow sobre a estreia de sua nova série de TV nesta quinta-feira, 26/4. Morando em São Paulo e longe da família, que vive no Rio de Janeiro, o ator falou da experiência de mergulhar em um ambiente completamente novo: o sistema penitenciário do Brasil.
Interpretando o personagem Adriano Araújo, o ator lembra que precisou se dedicar para compor seu novo papel. “Não tive tempo de fazer laboratório para a primeira temporada e fui aprendendo tudo na prática e nas gravações, sempre com muita troca de informações e experiências com direção, autores, roteiristas e equipe técnica. É um dos meus melhores trabalhos justamente por ter uma equipe em total sintonia, com muito entrosamento e de muita intensidade”, diz ele, que passou a ver a mulher e filho quinzenalmente.
Rodrigo buscou no cansaço físico o ponto de partida para viver o personagem central da trama, que conta com direção de José Eduardo Belmonte. “A falta de energia é algo em comum entre os personagens e acabei fazendo a dieta do sono. Só dormi quatro horas por dia e acho que funcionou. Foi necessário para passar essa verdade. Foi um custo muito alto que eu escolhi”, lembra ele, que lista seus maiores aprendizados
“Quando se faz um trabalho sobre o sistema penitenciário no Brasil, você aprende que o sistema nada mais é que uma experiência com seres humanos. Abaixo disso só experiência com ratos, no campo da pesquisa. É ver pessoas confinadas que, com o tempo, vão acabar entrando em conflito.”, compara ele
Ator está morando em São Paulo para gravar 'Carcereiros' (Foto: Fábio Rocha/Gshow)
“O que aprendi com a série foi ter um olhar mais humano e ser mais paciente com o outro, de respeitar o limite do próximo. Passei a me indignar quando vejo que os limites são ultrapassados. Carcereiros me deu uma aula de cidadania. ”
As diferenças entre gravar uma novela por meses e uma séria em semanas são inúmeras. Rodrigo destaca que o texto é um deles. “Como tem menos tempo para contar a história, essa secura é importante. Acaba sendo uma violência emocional, porque tudo acontece mais rápido. Isso é bom porque faz a gente se questionar.”
Arrancar um sorriso de Rodrigo é falar de antigos papeis que encantaram o público e lembrar que seu olhar cativante e charme viraram hits na internet. “É engraçado quando recebo fotos minhas com legendas engraçadas. Apesar de não ter muito tempo para acompanhar isso (nas redes sociais), acho que é uma brincadeira legal com o material que a gente joga para o mundo. É bom ver que o mundo se diverte com a dramaturgia”, diz ele.
Apesar do sucesso na carreira, Rodrigo mantém os pés no chão e busca na simplicidade da vida sua maior riqueza. “Sucesso para mim é ter saúde. Esse é o combustível para continuar caminhando e aprendendo todos os dias. É estar antenado com tudo e pré-disposto a ajudar o próximo, a sua família e amigos”
“Ter sucesso é ter coragem de pedir ajuda quando for necessário e não precisar ficar se provando o tempo todo, tentando convencer que está tudo bem sempre”, afirma Rodrigo.
Fonte: https://gshow.globo.com/Famosos/noticia/rodrigo-lombardi-fala-do-aprendizado-em-carcereiros-passei-a-me-indignar-quando-vejo-que-os-limites-sao-ultrapassados.ghtml
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