17 junho 2018

Escâner corporal favorece combate à entrada de drogas em unidades prisionais na região de Ribeirão Preto




Varredura mais eficaz evita que objetos proibidos sejam entregues por visitantes aos detentos. Nove pessoas foram flagradas na Penitenciária da cidade durante tentativa de entrada com entorpecentes.



Nove pessoas foram flagradas ao tentarem entrar com objetos ilícitos na Penitenciária de Ribeirão Preto (SP) desde novembro de 2017, quando foram instalados novos escâneres na unidade. O equipamento implantado pela Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) eliminou o antigo raio-x e, segundo a diretoria, elevou o nível de segurança nas revistas.

Para entrar nas unidades prisionais, os visitantes são cadastrados por biometria e os objetos a serem entregues aos detentos passam por outro aparelho, como os encontrados nos aeroportos.

De acordo com a SAP, o uso dos equipamentos nas 144 penitenciárias, centros de detenção provisória e de progressão penitenciária no Estado de São Paulo vai custar R$ 45 milhões por 30 meses.

No início de junho, uma mulher foi detida enquanto tentava passar com maconha pela revista no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Ribeirão Preto. A porção de 300 gramas da droga estava escondida em uma mousse de morango. Apesar de não ter sido presa, ela responderá por tráfico de entorpecentes e foi proibida de frequentar a unidade.





Escâner corporal foi implantado nas unidades prisionais do Estado de São Paulo (Foto: Reprodução/EPTV)


De acordo com o diretor da Penitenciária Igor Raineri, maconha e cocaína estão entre os itens mais apreendidos com visitantes na unidade. Pelo local, passam cerca de mil pessoas por fim de semana e o objetivo do equipamento é evitar que celulares, armas, dinheiro e entorpecentes cheguem aos detentos.

Com a nova revista, Raineri afirma que os flagrantes aumentaram, uma vez que a fiscalização é mais eficaz. As pessoas flagradas com produtos não autorizados são levadas à Polícia Civil e podem ser presas, conforme a gravidade do delito.

“Quando há flagrantes, a Polícia Militar é acionada imediatamente e a pessoa é conduzida à autoridade policial. Se for o caso, o delegado lavra o flagrante da pessoa. Ela pode ser presa. É um crime”, afirma.

Segundo o diretor da penitenciária, o escâner substituiu a revista íntima, um procedimento considerado constrangedor. Para Raineri, desde a implantação, foi possível notar um aumento expressivo no número de visitantes.

“Para aquelas pessoas que vêm fazer a visita sem o intuito de fazer nada de errado, com certeza, foi muito positivo. Eu acredito que o aumento das visitas esteja ligado à celeridade que o procedimento ganhou com o equipamento de escâner corporal.”


G1

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