A equipe técnica responsável pela automação de unidades penais em São Paulo esteve de 5 a 9/3 em Curitiba para preparar um projeto semelhante para o Paraná. Os técnicos vieram a convite do SINDARSPEN, que intermediou a relação entre a Secretaria de Administração Penitenciária de SP e o DEPEN-PR.
Em 5 anos, a equipe já automatizou mais 100 unidades no estado paulista, um modelo que está indo, agora, para os presídios federais, começando pela unidade de Campo Grande/MS.
O diferencial do projeto que vem sendo desenvolvido pela SAP/SP é que leva em consideração o conhecimento dos agentes que estão no dia a dia das galerias. “Não é um projeto pensado por técnicos alheios ao sistema e sim, por agentes que conhecem muito bem a rotina de um presídio. É um projeto pensado a partir das dificuldades encontradas pelos agentes que trabalham no fundo da cadeia”, elogia o vice-presidente do SINDARSPEN, José Roberto Neves, que acompanhou as visitas.
Outro diferencial do projeto é o baixo custo de manutenção. “Esse modelo exige basicamente uma manutenção preventiva de troca de óleo das portas a cada 30 dias, algo que a gente mesmo ensina”, explica o técnico e agente penitenciário paulista Marco Antônio de Santana. “Quando estamos fazendo as instalações sempre pedimos pras direções das unidades indicarem uns dois ou três colegas agentes pra acompanharem tudo com a gente e se capacitarem para lidar com os equipamentos”, esclarece.
No Paraná, eles visitaram cinco unidades na capital (PCE, PFP, CCSJP, PEP I e PEP II) para conhecer detalhes de seu funcionamento e elaborar um projeto adequado para a realidade de cada uma. Um relatório das visitas e uma proposta de trabalho foram entregues ao DEPEN, para que sejam orçados os equipamentos e verificada viabilidade financeira de implantação do projeto.
Segundo o DEPEN, se der certo nessas unidades, a ideia é ampliar para todo o estado. “O DEPEN tem interesse no projeto porque estamos convencidos de que o contato zero entre agentes e presos é mais seguro. Vamos ver, agora, a questão orçamentária”, declarou o diretor adjunto do DEPEN, Cezinando Paredes.
Uma das opções orçamentárias aventadas pelo Sindicato é a utilização de verbas dos fundos penitenciários nacional e estadual. "O dinheiro está lá pra ser investido, agora precisa da apresentação de bons projetos, como esse da automação, que trará mais segurança para o trabalho do agente", comentou Neves.
Automação é uma necessidade urgente
A redução de contato entre presos e agentes é essencial para a garantia da segurança dos trabalhadores. Por isso, o SINDARSPEN tem focado em buscar soluções que possam ser oferecidas ao governo do Paraná para melhorar as condições de trabalho dos servidores.
Em agosto, o Sindicato organizou uma caravana de agentes para conhecer unidades 100% automatizadas no oeste paulista. Depois, apresentou ao DEPEN a sugestão para que a equipe responsável pela automação em SP viesse auxiliar na instalação de projeto similar no Paraná.
Fonte: http://www.sindarspen.org.br
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