30 julho 2018

PCC recruta pessoas com próteses para colocar celular em presídios



29 JUL 2018
Por FOLHAPRESS21h:00

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Criminosos ligados à facção criminosa PCC criaram, na estrutura da organização, um setor destinado só para buscar formas de bular a fiscalização em presídios, especialmente em São Paulo, e entregar celulares a criminosos confinados.

Entre as estratégias está o recrutamento de mulheres com algum tipo de prótese ou órtese (como pinos no corpo) e até gestantes que seriam isentas de revistas por equipamentos eletrônicos. Essa estrutura criada pelo PCC é chamada de "Setor do Embrulho".

A cooptação de pessoas com próteses e órteses foi notada pela Polícia Civil de São Paulo durante a operação Echelon, quando foi interceptada a conversa de um preso com uma mulher que seria desse setor.

Na ligação, ele reclamava da dificuldade da entrada de celulares depois da implantação de escâneres para revistar as visitas. Estava tão complicado, reclamava, que na cela em que estava havia "só quatro telefones".

A mulher, então, apresenta a solução. Diz ter arrumado uma amiga com "pino e platina" implantados no corpo. Nessas condições, garantia, a visita "não passaria pelo escâner e entraria com o a aparelho celular."
Segundo pessoas ligadas a presos ouvidos pela Folha de S.Paulo, a maneira mais utilizada tem sido a contração de grávidas porque, em algumas unidades, não precisam passar pelo escâner.

Em nota, a Secretaria da Administração Penitenciária afirma que todos são submetidos ao equipamento e qualquer objeto introduzido no corpo é detectado, mesmo com pinos de platina pelo corpo.

"A política da pasta é de tolerância zero com relação à entrada de objetos ilícitos, sejam eles celulares, entorpecentes, entre outros, em suas unidades prisionais", diz a nota.

Agentes públicos também podem ser demitidos e processados criminalmente.

Já quanto as grávidas, o governo diz que elas "podem" ser submetidas aos escâner.

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