22 novembro 2018

Professora da Penitenciária de Ribeirão Preto é presa ao tentar entrar com drogas no presídio




Segundo a Polícia Civil, mulher recebia mil reais para cada entrega feita aos detentos. Secretaria Estadual de Educação informou que ela trabalhava como temporária e que iniciou desligamento.



Por G1 Ribeirão Preto e Franca
21/11/2018 18h13 Atualizado há 23 horas




Uma professora foi presa nesta quarta-feira (21) ao ser flagrada quando tentava entrar com drogas na Penitenciária de Ribeirão Preto (SP). Segundo a Polícia Civil, ela atuava como temporária no local por meio de um convênio da Secretaria Estadual de Educação. À polícia, a suspeita admitiu que recebia mil reais para cada entrega feita no prédio.


Segundo o delegado Diógenes Santiago Netto, a professora passou a ser investigada após levantar suspeitas sobre a atuação. Nesta quarta-feira, funcionários da penitenciária chamaram a polícia depois que ela foi flagrada com 100 gramas de maconha escondidas na palmilha do tênis.


“Na bolsa dela também foram encontrados comprimidos de estimulantes sexuais e diversos bilhetes. No carro dela foi encontrado um celular que, pela forma que estava embalado, parcialmente com fita isolante, acreditamos que ela também iria introduzir esse celular dentro da penitenciária”, afirma Netto.


Maconha, cartas, estimulantes sexuais e celular foram apreendidos com a professora em Ribeirão Preto, SP — Foto: Polícia Civil/Divulgação


De acordo o delegado, diligências foram feitas na casa da suspeita, onde foram encontradas mais porções de maconha. Extratos bancários apresentados pela professora comprovam os depósitos nos valores mecionados por ela para a entrega dos entorpecentes.


“A droga em si era colocada dentro do tênis da professora. Ela fazia o formato de uma palmilha e entrava dentro do sistema penitenciário com essa droga”, diz.



A polícia acredita que a professora agia com a ajuda de algum funcionário, que facilitava a entrada dela com os entorpecentes no prédio. A participação desta segunda pessoa no esquema será investigada.


“Ela, inclusive, já falou desse funcionário, mas estamos investigando a participação concreta dele. Ela deixava a droga no pavilhão onde ela dá aula e os presos levariam. Estamos fazendo o levantamento de há quanto tempo ela estava dando aula.”



O conteúdo das cartas apreendidas junto com a professora será analisado para apurar se ela tem ou não ligação com alguma facção criminosa. Ainda segundo o delegado, a professora não tem passagens pela polícia e cursa faculdade de direito.


Procurada, a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) informou que foi aberto um procedimento apuratório disciplinar e preliminar sobre o caso. A prisão foi comunicada à Diretoria de Ensino e a entrada da professora foi proibida no presídio.


Em nota, a Diretoria Regional de Ensino informou que a professora é temporária e atuava exclusivamente no sistema penitenciário. “Já está em andamento o processo de encerramento do contrato temporário."


G1

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